sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"Marina", Carlos Ruiz Zafón

"Marina" é comovente, mas não encheu as minhas medidas. É certo que fiquei agarrada ao livro, desejosa de conhecer o passado daquelas personagens tão sombrias, e que cheguei ao final com um nó na garganta. Mas também é certo que o achei algo forçado.
Neste romance, Óscar, um rapaz curioso que gosta de explorar a Barcelona que fica para lá do seu internato, conhece Marina. Curiosa e sonhadora, acaba por o levar até um cemitério esquecido, onde uma mulher vestida de negro visita uma campa sem nome. Seguem-na e a partir daí ficam imersos numa aventura um tanto... macabra.
É um livro com muita neblina, edifícios antigos e personagens atormentadas, bem ao estilo a que o autor nos habituou. Tem uma atmosfera negra, e conseguiu arrancar-me alguns arrepios - e torcer o nariz com nojo.
A relação de amizade entre Óscar, Marina e Gérman flui muito naturalmente, mas, como já referi, há algo de forçado no "mistério" que se esconde nos túneis de Barcelona. Aliás, "exagerado" talvez seja o tema mais apropriado. Tal como o uso de uma carruagem por alguém que, supostamente, quer passar despercebido. Enfim.
Tenho de começar a baixar as expectativas em relação aos primeiros livros dos escritores preferidos.

Sinopse