terça-feira, 3 de janeiro de 2012

"Comer, Orar, Amar"

"Comer, Orar, Amar". Há quem não goste e quem goste. Eu gostei, e muito! Não é a típica “love story”, até porque aqui o objectivo não é mostrar o caminho de uma personagem feminina com o coração despedaçado em busca do amor: é mostrar o caminho para o auto-conhecimento e a capacidade de ser feliz.
Esta é a história verídica de Elizabeth Gilbert que, desesperada com o casamento frustrado que tem, dá por si a rezar escondida na casa-de-banho. Sente que “algo mais” lhe dá força e, desde esse momento, pretende encontrar Deus. Isto é, quer encontrar-se a si própria.
O livro está dividido em 108 contos que vão abordando vários temas enquanto seguimos o relato da estadia nos três países que Elizabeth escolhe para viver durante um ano, pelo que tem muitos pensamentos e saltos temporais. O estilo de escrita é leve, divertido – ou positivo, escolham! – e as descrições são muito boas. Preparem-se para salivar quando lerem sobre a comida! E desengane-se quem acha que é um aborrecido por falar de uma procura espiritual. É bastante interessante e temos várias explicações sobre meditação, yoga, mantras, para além de alguns factos sobre a Itália, a Índia e o Bali, que dão credibilidade e sustento ao relato.
No final, dei por mim a admirar a autora….
Aviso: Primeiro, não esperem a típica história de amor. Segundo: não esperem muita acção. Terceiro: se o lerem, leiam-no de mente aberta: vão ler sobre coincidências impressionantes...


Sinopse:

Aos 34 anos, Elizabeth Gilbert, escritora premiada e destemida jornalista da GQ e da SPIN, descobre que afinal não quer ser mãe nem viver com o marido numa casa formidável nos subúrbios de Nova Iorque e parte sozinha numa viagem de 12 meses com três destinos marcados: o prazer na Itália, o rigor ascético na Índia, o verdadeiro amor na Indonésia. Irreverente, espirituosa, senhora de um coloquialismo exuberante, Elizabeth não abandona um minuto a sua auto-ironia e conta-nos tudo acerca desta fuga desesperada ao sonho americano que começou no momento em que encontrou Deus.
Quando fez 30 anos, Elizabeth Gilbert tinha tudo o que uma mulher americana formada e ambiciosa podia querer: um marido, uma casa, uma carreira de sucesso. Mas em vez de estar feliz e preenchida, sentia-se confusa e assustada. Depois de um divórcio infernal e de uma história de amor fulminante acabada em desgraça, Gilbert tomou uma decisão determinante: abdicar de tudo, despedir-se do emprego e passar um ano a viajar sozinha. "Comer na Itália, Orar na Índia e Amar na Indonésia" é uma micro-autobiografia desse ano.
O projecto de Elizabeth Gilbert era visitar três lugares onde pudesse desenvolver um aspecto particular da sua natureza no contexto de uma cultura que tradicionalmente se destacasse por fazê-lo bem. Em Roma, estudou a arte do prazer, aprendeu a falar Italiano e engordou os 23 kilos mais felizes da sua existência. Reservou a Índia para praticar a arte da devoção. Com a ajuda de um guru nativo e de um cowboy do Texas surpreendentemente sábio, Elizabeth empenhou-se em quatro meses de exploração espiritual ininterrupta. Em Bali, aprendeu a equilibrar o prazer sensual e a transcendência divina. Tornou-se aluna de um feiticeiro nonagenário e apaixonou-se da melhor maneira possível - inesperadamente.

Edição/reimpressão: 
Editor: Bertrand Editora

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