Em "A Ilha do Tesouro" acompanhamos a busca do ouro do capitão Flint, um pirata temível que escondeu o saque de uma vida numa ilha. O nosso protagonista é Jim Hawkins, apenas um rapaz, filho dos estalajadeiros da Admiral Benbow, onde se hospedou Billy Bones, um pirata que atrai algumas personagens menos simpáticas à sua procura. Ou melhor dizendo, de um mapa especial.
É Jim que acaba por recolher o mapa e parte como grumete numa aventura além-mar com o fidalgo da terra, Trelawney, que adquire o navio; o médico, Dr. Livesey, e restante tripulação, de entre os quais Long John Silver - e o papagaio de estimação, bem apelidado como capitão Flint.
Este livro propõe-nos uma "história de piratas" e como tal, é um bom livro de aventuras. Temos a ganância por um tesouro que se diz imenso, e umas quantas personagens que conseguem ser menos simpáticas para atingir aquele fim. Temos a referência às canções de marinheiros, o rum, as pragas e as superstições dos homens do mar. Não deixei de sorrir em certos diálogos trocados entre os piratas. Como é possível que gente tão temível, que passa por tantos perigos em viagem, ser tão temerosa? Dá que pensar.
As personagens em si são típicas de um livro de aventuras. Há criados leais e tripulantes desleais, e a honra guia alguns deles, como o médico, que não abandona os seus deveres nem mesmo para com os "inimigos". Trelawney é quem tem a ideia inicial da partida para a ilha, em busca, também, de um sentimento de aventura, mas apesar do prestígio que tem, é ingénuo em relação aos outros, ao contrário de Long John Silver. Sobre este último não posso adiantar muito, mas pareceu-me que apenas gosta de si próprio. O capitão Smollet é um líder nato. Já Jim evoca a coragem - ou precipitação - de um adolescente em actos que podem custar a sua vida, mantendo a sua lealdade.
As personagens em si são típicas de um livro de aventuras. Há criados leais e tripulantes desleais, e a honra guia alguns deles, como o médico, que não abandona os seus deveres nem mesmo para com os "inimigos". Trelawney é quem tem a ideia inicial da partida para a ilha, em busca, também, de um sentimento de aventura, mas apesar do prestígio que tem, é ingénuo em relação aos outros, ao contrário de Long John Silver. Sobre este último não posso adiantar muito, mas pareceu-me que apenas gosta de si próprio. O capitão Smollet é um líder nato. Já Jim evoca a coragem - ou precipitação - de um adolescente em actos que podem custar a sua vida, mantendo a sua lealdade.
Gostei muito desta leitura. Sou suspeita, porque de vez em quando gosto de histórias de aventuras, em terra e em alto-mar, com os rangidos da madeira das embarcações e o roçar do vento nas velas incluídos, mas o certo é que o autor consegue manter o ritmo ao longo do livro. Há sempre algo a acontecer, ou uma tensão entre as personagens que me fizeram continuar a virar as páginas. O próprio estilo de escrita facilita o "page turning". É bastante simples e só se tornou mais descritiva nas passagens sobre o relevo da Ilha.
Tenho ainda que destacar o artigo do autor que foi incluído no final do livro. Achei-o curioso, pois explica as origens desta história, e acho que vale a pena ser lido. É que tudo começou com um mapa, realidade e ficção...
Recomendo.
Sinopse |
Já conhecem "A Ilha do Tesouro"? Qual é a vossa opinião?
Boas leituras!
Notas: Este livro foi disponibilizado pela editora Guerra e Paz para uma opinião honesta, a quem desde já agradeço.
Fiquei com vontade de ler, sem dúvida. E sendo um livro de aventuras parece-me que deve ser uma daquelas leituras que passam num instante.
ResponderEliminarPor acaso uma das coisas que me faz gostar destas edições da Guerra e Paz, além das capas giríssimas, é as anotações que nos ajudam a interpretar a obra. O do Camili Castelo Branco fazia um retrato da época e de como os autores da época eram muito românticos. O do Eça, centra-se no facto de ele ter morrido antes da publicação e de como a obra pode ter gralhas por não ter sido alvo da sua revisão super minuciosa. Já vi que os Lusíadas têm notas no início de cada Canto, para ajudar a interpretar. Até para quem esteja a estudar o livro na escola, deve ser uma mais valia :)
beijinhos
Tens de ler, quando puderes. No Verão, como te dizia, deve ser optimo (até porque o teu Verão vai ser atribulado.
EliminarTens razão, para quem os esteja a estudar deve ser muito bom :D Este da "Ilha" vi que é direccionado para alunos do 7ºano e aquela nota final realmente pode lançar-lhes umas luzes sobre a forma como um livro é planeado e escrito.
beijinhos
Tenho este livro na estante há taaaaaaaanto tempo!!! Bem, não tem é uma capa tão bonita :p a minha capa é da edição dos clássicos da Visão.
ResponderEliminarA tua opinião abriu-me apetite para devorar este livro! Tenho de o pôr no topo da pilha de livros para ler :)
Beijinhos e boas leituras
Acho que sei qual é! É em capa dura, não é? Tens de ler :D é mesmo bom para nos distrair por umas horas e lê-lo no Verão, então, deve ser optimo. Dá-lhe uma oportunidade!
Eliminarbeijinhos e boas leituras
É esse, sim! Vou então guardá-lo para ler quando o tempo estiver melhorzinho :p
EliminarBeijinhos
Espero que gostes, Kel :D
Eliminarbeijinhos
Olá Su!
ResponderEliminarQue bom que gostaste =)
É daqueles livros que um dia vou querer reler mas noutra edição diferente da que tenho pois acho que a minha é mais juvenil ;)
Beijinhos
Olá, Tita :D
EliminarObrigada! Sim, pode ser uma boa ideia. A tua versão pode estar adaptada, apesar de que o livro em si já tem um tom juvenil.
beijinhos
fiquei curiosa por acaso :)
ResponderEliminarOlá, C.! Tens de o ler :D é "a história de piratas" :D
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