Encontrei o livro sobre que falo hoje na Estação de Sete
Rios, em Lisboa, um local que se mostra propício a histórias de livros, como
vão perceber.
Foi depois de um fim-de-semana de visita a uma das
melhores amigas que podia encontrar e, para comemorar, nada melhor que correr
para a Feira do Livro que por lá costuma existir.
É claro que “Dune” me saltou à vista. Já tinha ouvido
falar do livro, tinha curiosidade, e a última edição naquela altura ainda tinha
um preço elevado. “Dune” foi um bom negócio. Comprei-o juntamente com “Dune 1 A
– Muad’Dib” por 10 euros!
Achei a capa do primeiro volume um pouco estranha. Tudo bem que é
uma imagem do filme, mas podiam ter-se esmerado. Mas perdoem-me, que estou a ser egoísta. Não podia pedir mais: tenho um exemplar de 1985
de “Dune” da antiga coleção Argonauta Gigante, o que tem um certo charme.
Só em casa é que me apercebi da dedicatória.
Aquelas palavras mexeram comigo.
Que tipo de amizade é que a oferta daquele livro
firmaria? Terá o livro marcado um reencontro? Será que continuaram muito amigos? E porque é que um livro oferecido
com tanto carinho acabou numa bancada de um terminal de autocarros mal
cheiroso? Terá existido algum conflito? Ou será que quem recebeu “Dune” não
gostava afinal de Ficção Científica?
“Os amigos nunca se esquecem!”. Parece-me um "mistério" sugestivo.
E vocês, seguidores, também já adquiriram um livro com
uma dedicatória que puxou pela vossa imaginação?
Olá Su!!
ResponderEliminarJá tinha pensado fazer um post a discutir este tema. Faz-me uma certa confusão como é que as pessoas se conseguem desfazer de livros que lhe foram oferecidos e devidamente dedicados. As teorias podem ser mais que muitas e no caso da dedicatória do teu livro, fico triste por pensar que esta amizade caiu no esquecimento.
Quem ganha com isso somos nós, que conseguimos comprar bons livros a preços mais simpáticos do que originalmente. Não me incomoda comprar livros com dedicatórias porque gosto de saber que o livro tem a sua própria história de vida.
Acho que só tenho um livro dedicado e lembro-me que na altura até fiz um post sobre isso. O meu "A Filha do Capitão", de JRS, tem uma dedicatória datada de 2006. Assinei o meu nome e o ano em que o comprei e assim também faço parte da história do livro.
http://deliciasalareira.blogspot.pt/2014/06/a-filha-do-capitao.html
beijinhos
Spi!
EliminarE triste, não é? Puxou muito pela minha imaginação, isto.
Parece que se perde o valor sentimental. Tens razão, mostram uma história, até é mais giro.
Tinha ideia de que já tinhas falado deste tema. Foi com a filha do capitão, então :D
beijinho