Esta é a outra versão da guerra civil inglesa relatada em “A Rainha Branca”, de Philippa Gregory. Temos agora em mãos o lado Lencastre, pela voz de Margarida Beaufort, mãe de um dos herdeiros do trono do país, Henrique Tudor.
Talvez tenha sido a primeira vez que me aconteceu algo curioso: li paradoxalmente. Passo a explicar: achei o livro muito bom, mas odiei a personagem principal. Nem em “O Perfume” me irritei tanto com Grenouille.
Margarida é uma mulher frustrada. Devota a Deus e à Igreja, desde criança que é deslumbrada pela figura de Joana d’Arc e pretende seguir as suas pisadas, ser considerada uma mulher santa. Um dos seus sonhos era ir para o convento e estudar, pelo que sente uma grande revolta quando é obrigada a casar sucessivamente por fins políticos. Sendo prima do rei, o seu filho e de um Tudor estaria na linha para a sucessão. Porém, ser “a mãe do rei de Inglaterra” acaba por ser o objectivo de vida de Margarida, que se vai empenhar ao máximo por afastar quaisquer outros pretendentes ao trono. Não é uma mulher bondosa. É traiçoeira, intriguista e inveja Isabel de Woodville acima de tudo.
Só neste livro é que nos vamos aperceber do Lady Margarida e, apesar da vontade de lhe dar um par de estalos a cada página (e de gritar “vive a TUA vida, mulher!”), foi uma excelente leitura.
Talvez tenha sido a primeira vez que me aconteceu algo curioso: li paradoxalmente. Passo a explicar: achei o livro muito bom, mas odiei a personagem principal. Nem em “O Perfume” me irritei tanto com Grenouille.
Margarida é uma mulher frustrada. Devota a Deus e à Igreja, desde criança que é deslumbrada pela figura de Joana d’Arc e pretende seguir as suas pisadas, ser considerada uma mulher santa. Um dos seus sonhos era ir para o convento e estudar, pelo que sente uma grande revolta quando é obrigada a casar sucessivamente por fins políticos. Sendo prima do rei, o seu filho e de um Tudor estaria na linha para a sucessão. Porém, ser “a mãe do rei de Inglaterra” acaba por ser o objectivo de vida de Margarida, que se vai empenhar ao máximo por afastar quaisquer outros pretendentes ao trono. Não é uma mulher bondosa. É traiçoeira, intriguista e inveja Isabel de Woodville acima de tudo.
Só neste livro é que nos vamos aperceber do Lady Margarida e, apesar da vontade de lhe dar um par de estalos a cada página (e de gritar “vive a TUA vida, mulher!”), foi uma excelente leitura.
Sinopse:
Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer, a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York.
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior.
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior.
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 408
Editor: Livraria Civilização Editora