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terça-feira, 11 de outubro de 2016

"The Strange Library", Haruki Murakami

Este livrinho foi-me emprestado pela Spi, do Delícias à Lareira, e proporcionou-me um bom regresso ao universo de Murakami. Ou aos vários universos criados por ele, que tendem a colidir e a criar situações no mínimo estranhas aos protagonistas.

Sinopse
Neste conto, um rapaz decide passar pela biblioteca para entregar livros e procurar informações sobre a colecta de impostos no Império Otomano. É indicado à sala 107 onde um velhote estranho lhe entrega os volumes sobre o assunto, mas só os pode ler no interior do edifício. A biblioteca está prestes a encerrar, a mãe do rapaz está à espera dele para jantar, porém, parece que é o velhote quem está no comando ali - e as intenções dele não são as melhores e aprisiona o protagonista.
Este é um conto negro como só Murakami consegue ser, com os laivos de fantasia a que já nos habituou. Dentro do labirinto o rapaz cruza-se com o Sheep Man, a mesma personagem curiosa de obras como "Em Busca do Carneiro Selvagem", e com uma rapariga bonita que apenas fala com as mãos. Ainda assim, a simples entrada dele na sala 107 parece não ter retorno. Se se conseguir libertar da biblioteca tudo ficará bem? Não haverá um preço a pagar?
Cheguei ao final do livro um tanto zangada. Não me interpretem mal. É um conto excelente, mas... É Murakami, e de alguma forma ele vai tocar o leitor e revirar-lhe o coração do avesso. O senhor não nasceu para escrever sobre universos cor-de-rosa, não é assim?

Acho que qualquer fã de Murakami ia gostar de ler "The Strange Library", ainda para mais quando o livro é ilustrado de um forma genial. 



Cada página diferente de alguma forma está ligada a uma palavra ou conceito, pelo que parece um livro multidimensional. Não me importava nada que se lançassem mais contos dele assim.


Esperava estranhar mais por lê-lo em inglês, mas as frases são tão simples que se lê bem e a barreira que normalmente sinto quanto tento ler na versão original não foi tão densa.

Já conhecem o livro? Recomendo.
Boas leituras!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

"A Peregrinação do Rapaz Sem Cor", Haruki Murakami


Sinopse

O que dizer de um livro de Haruki Murakami? É Murakami! 
Desta vez temos um livro sobre a dificuldade de crescer, de atingir a vida adulta. Tsukuru Tazaki pertenceu a um grupo de amigos durante a adolescência, onde sentia que todos se equilibravam. Os restantes membros, dois rapazes e duas raparigas, tinham nomes relacionados com uma cor. Só Tsukuru tinha um nome sem cor, e chegava a sentir-se vazio, sem personalidade, em relação aos outros. Como sempre gostou de estações de comboio abandona a cidade de origem, Nagoia, para estudar engenharia em Tóquio, e um dia, ao regressar a casa, é surpreendido pela rejeição dos amigos. Não querem vê-lo sequer.
Ao longo do livro acompanhamos a "peregrinação" de Tsukuru para perceber porque de um momento para o outro foi colocado de lado por aquelas pessoas de que tanto gostava. Percebemos também que aquela rejeição o marcou de tal forma que tenta não se ligar emocionalmente com as raparigas que conhece, e é Sara, uma amiga especial, que o ajuda a procurar os quatro amigos.
Murakami acaba por nos deixar a reflectir na forma como as pessoas mudam ao longo do tempo, tornando-se, por vezes irreconhecíveis para quem as conhecia antes, como se passassem por uma metamorfose. Será aliás, a "metarmofose" que Tsukuru atravessa quando desiste da ideia de se suicidar uma metáfora para isso mesmo? Da mesma forma, cada um de nós tem gradações de personalidade e, muitas vezes, parece que temos um lado que permanece escondido - dos outros e de nós mesmos.
Adorei o livro, apesar das pontas soltas que ficaram no final, como já é costume do escritor, pelo que o recomendo sem reservas.
E vocês, já o leram? Quais são as vossas teorias?
Boas leituras! 

 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

"Sono", Haruki Murakami

 

Não sei se repararam, mas as leituras "impingidas" são bastante "sonolentas". Ora, havia o "Sono", havia uma "Sleeper" e há ainda um "Hipnotista". Acho que a Spi queria manter as insónias afastadas da minha mesa de cabeceira este mês...
Bem, já li o "Sono", do querido Murakami. E que belo livrinho! Nele, encontramos a história de uma mulher com uma vida rotineira, que nem sequer parece muito apaixonada pelo próprio marido (nem, diga-se de passagem, pelo próprio filho), que, um dia, ou melhor, uma noite, deixa de ter sono e conseguir adormecer. Ao princípio tal não parece muito problemático, mas mais não digo.
Como já comentei com a Spi duas vezes, acho que finalmente temos um livro sobre a mãe de Haruki Murakami. Comento isto porque é bem normal que os protagonistas de Murakami cresçam sem a mãe, que "desaparece". Esta personagem de "Sono" parece bem mais interessada na sua vida nocturna, uma vida onde a leitura é mais do que um escape.
Para falar de "Sono" temos também de falar do livro físico, das ilustrações. São tão oníricas, tão aquáticas! A minha preferida acabou por ser uma em que a coluna da protagonista é retratada como se se tratasse de uma criatura aquática. Fiquei hipnotizada...
Acho que vou adquirir o livro. Adorei-o!

E vocês, já o leram? O que acharam?
Boas leituras!

Sinopse


 


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

"Em Busca do Carneiro Selvagem", Haruki Murakami


Em Busca do Carneiro Selvagem, de Haruki Murakami, foi um dos primeiros livros do escritor. Sou fã e, como todos os fãs de Murakami, é quase impossível falar apenas de um livro. O escritor japonês tende a inserir sempre certos elementos nos seus livros e isso é fantástico! Eu e a S Pinelli, já falámos disso no Delícias à Lareira, caso estejam interessados em dar uma olhadela. Basta um clique.
 
Foquemo-nos, então, apenas neste livro, por agora. Sendo um dos primeiros, a informação é nos dada com mais detalhe; é tudo mais explícito, mais palpável. No entanto, senti-me um pouco perdida enquanto lia o livro. Parecia que nada fazia sentido. Porque iria uma organização embirrar com uma foto de uma paisagem com carneiros? E o que tem de tão especial o carneiro com um estrela no dorso? E porque foi a tal foto enviado pelo Rato, o amigo de infância do narrador/protagonista?
No fundo, tal como em “Moby Dick”, de Herman Melville, é a busca por um animal especial que vai dar o mote à acção. Será também a busca do protagonista por si próprio, talvez?
E no fim, o que fica?
Leiam o livro e depois expliquem-me também as vossas teorias…
 
 
Em relação aos elementos “murakamianos, apenas o narrador foge à regra. O protagonista causa alguma estranheza. Apesar de se caracterizar a si próprio como uma pessoa desinteressante e aborrecida, consegue ter uma visão aparentemente irónica do que a rodeia. Também se divorcia da mulher, o que escapa aos típicos protagonistas deste escritor. Normalmente é o pai que se divorcia e que sofre com a traição da mulher.
Os restantes elementos, ou parte dos que identificamos, estão lá:
- ouve-se música jazz;
- o narrador faz-se acompanhar por um livro. Sendo este um romance detectivesco, não será de estranhar que esteja a ler “As Aventuras de Sherlock Holmes”;
- uma das personagens tem problemas de relacionamento com o próprio pai, sentindo-se humilhada e rebaixada por ele, um pouco à semelhança de “Kafka à Beira Mar” e “1Q84”;
- há uma namorada com uma personalidade única e um dom peculiar – uma personagem amorosa, deixem-me comentar;
- fala-se sobre suicídio. Este também é um tema recorrente do autor, o que leva à teoria de, em certo ponto da sua vida, terá sofrido com a perda de um amigo que suicidou. Já em “Norwegian Wood” se foca nisso;
- existe um Líder Supremo, que está a morrer. Lembrei-me logo do Líder da seita em “1q84” e de Jonny Walker de “Kafka à Beira Mar”;
- existe um gato! Mas só a meio da acção é que recebe nome, sequer;
- também se fala sobre o cristianismo, algures;
- personagens desaparecem e reaparecem mudadas – “claro!”, oiço os fãs exclamar;
- uma “entidade” pretende mudar o mundo, um bocadinho à semelhança do Povo Pequeno de “1q84”;
- a sensação de irrealidade e a referência a um mundo paralelo – a que o protagonista apelida de “mundo dos vermes”, onde as “vacas procuram tenazes” – permeia o livro. Não terá o protagonista entrado para uma outra realidade?
Sobre este último ponto, que tanto me fascina, destaco uma passagem sobre o reflexo do protagonista no espelho que ilustra este “elemento”. É deliciosa! Saquem dos vossos volumes e naveguem até à pag. 336…
 
De “Em Busca do Carneiro Selvagem”, não posso dizer que é o meu preferido do autor, até porque fica um tanto aquém de “Kafka à Beira Mar” ou da trilogia “1q84”. No entanto, acho que é sempre positivo lermos as primeiras obras de um escritor de que gostamos e poder observar a sua evolução. E foi mais uma vez uma boa experiência de leitura surreal. Recomendo-o!
E vocês, caros seguidores, já o leram? O que acharam?
Boas leituras!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"Norwegian Wood", Haruki Murakami

“Norwegian Wood” é sem dúvida o livro mais bonito dos poucos que li de Haruki Murakami. Aliás, é dos livros mais belos e melancólicos que já alguma vez li. Uma história de amor destinada à tragédia e frases delicadas dão-lhe esse posto.
Toru, o protagonista, oferece-nos o relato dos seus tempos de estudante ao sentir a necessidade de escrever aquelas memórias para não esquecer Naoko. É quase uma homenagem àquela rapariga por quem sente um amor tão puro, mesmo sendo a namorada do falecido melhor amigo, Kisuki.
Além disso, relata o dia-a-dia num dormitório masculino, as greves estudantis da época e as aventuras nocturnas com Nagasawa, um playboy incurável – e bastante desprezível, deixem-me dizê-lo. Conhece Midori, uma rapariga um tanto doida que vai dividir os seus sentimentos e, no fundo, é a ligação que tem ao mundo real. Quando o estado mental de Naoko piora e a leva a viver numa instituição, Toru começa a alienar-se. O mundo real não lhe parece autêntico.
A vida deste protagonista é quase cíclica. Toru acaba por viver situações semelhantes, por se ver rodeado de gente que segue caminhos idênticos e por sentir o mesmo abandono. Do mesmo modo, os triângulos amorosos de “Norwegian Wood” estão interligados. Estranho? É Murakami. E tal como num bom livro de Murakami, uma personagem bastante peculiar não regressa das férias e desaparece sem explicação.
Amei “Norwegian Wood”, simplesmente, desde o primeiro capítulo àquele final que deixa que pensar. Toru tem que escolher entre o passado e o presente. Terá sido uma boa escolha?
É claro que dispensava uma das cenas finais, pela sua falta de lógica, mas o sexo é um assunto alvo de alguma estranheza que se torna habitual nas obras deste autor. Se as personagens têm personalidades muito próprias, a sua visão do sexo também o é.
Para concluir, tenho apenas de dizer: leiam-no. A Spi “impingiu-mo” vezes sem conta e só tenho de lhe agradecer pelo empréstimo de um livro que já está no meu “top ten”. Uma vénia para ti, Spi!

P.S.: Não deixem também de ouvir a música dos Beatles a quem Murakami pediu o título emprestado para esta história. Faz todo o sentido.

Boas leituras!
http://www.fnac.pt/Norwegian-Wood-Haruki-Murakami/a175437
 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Kafka à Beira Mar", Haruki Murakami

Conhecem aquela sensação de vazio depois do final de um livro intenso? Sabem o que é perguntarem "o que achaste" e... não conseguirem responder? Ora aí está o meu retrato depois virar a ultima página de "Kafka à Beira Mar".
Tenho pena que não tenha sido viciante, que tenha demorado algum tempo até se perceber qual é a ligação entre personagens. Os dois protagonistas, aparentemente, nada têm em comum. Nakata é um velhote peculiar "muito pouco brilhante" que conversa com gatos, e Kafka, de 15 anos, foi amaldiçoado pelo pai a cumprir um destino com um toque do mito de Édipo na nossa era. No entanto, as suas histórias caminham lado a lado numa odisseia. 
Aqui o destino tem um papel central, ou não tentasse Kafka fugir da maldição; Nakata necessitasse de encontrar algo, mesmo que não compreenda logo "o quê" e "para quê"; e pessoas (ou "coisas") encontradas "por acaso" dessem um empurrãozinho para que as tarefas se concretizem.
Foi um livro curioso, como só os deste autor podem ser. Há personagens de personalidades e hábitos muito próprios, como Oshima e Hoshino, que auxiliam os protagonistas, e Saeki, que está alienada da "nossa" realidade. Há coisas sem forma que tomam de empréstimo figuras de marcas de produtos e um - ou dois - assassínios necessários. Mais não digo. Um dos encantos desta obra reside exactamente na sua capacidade de nos surpreender.
Leiam-no e discutam-no com um amigo. Ou com o gato.

Sinopse

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"1Q84 - Volume 3", Haruki Murakami

 
Foi com alívio que li a última linha desta trilogia. Isto por duas razões. Não só estava desejosa de ler o desenlace, como estava desejosa de acabar de ler o terceiro volume. É um pouco aborrecido. E repetitivo.
Para além de páginas e páginas com informação que já conhecemos, temos a inclusão do ponto de vista de Ushikawa, o investigador de aspecto peculiar - ou "Cabeça-de-Abóbora" - que nos dá... páginas e páginas de informação já conhecida. Dei por mim a perguntar: mas porque raio precisamos do olhar desta personagem? Ok, perto do final percebe-se porque está lá. Acaba por prestar um papel muito importante. E acabei por ter pena dele.
Aliás, nos capítulos finais, perdoei Murakami. Perdoei-o pelo tempo de ansiedade - Tengo e Aomame tão perto e tão longe - e de bocejos passado, tal como a a portagonista parece perdoar a sua religião, mesmo tornada numa espécie de "Virgem Maria" (Ups! deveria escrever isto?). Foi uma boa história, com uma atmosfera muito própria. Gostei. Acho que vou ter saudades de "1Q84" num futuro próximo...

Boa viagem!

 
Sinopse:
 
O Livro 3 revela o estilo forte e truculento de uma personagem única, Ushikawa de seu nome. A par de Tengo e Aomame, a voz da Ushikawa ecoa nas páginas do terceiro volume de 1Q84 e provoca as reações mais intensas. Amem-no ou detestem-no, mas deixem-no entregue à sua sorte. Tengo e Aomame continuam sem saber, mas aquele é o único lugar perfeito no mundo. Um lugar perfeitamente isolado e, ao mesmo tempo, o único que escapa às malhas da solidão.

Este mundo também deverá ter as suas ameaças, os seus perigos, claro, e estar cheio dos seus próprios enigmas e de contradições. Mas não faz mal. A páginas tantas, é preciso acreditar. Sob as duas luas de 1Q84, Aomame e Tengo deixam de estar sozinhos... Inspirado em parte no romance 1984, de George Orwell, 1Q84 é uma surpreendente obra de ficção, escrita de forma poderosa e imaginativa - a um tempo um thriller e uma tocante história de amor.

Murakami continua a provocar o espanto e a emoção, comunicando com milhões de pessoas de todas as idades, espalhadas pelo mundo inteiro. Ao pousar este livro, quantos leitores não se sentirão desafiados a ver o mundo com outros olhos?

 
Edição/reimpressão:
Páginas:520
Editor:Casa das Letras
ISBN:9789724621081



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

"1Q84 - Volume 2", Haruki Murakami


A saga de Aomame e Tengo continua neste segundo volume de "1Q84". Murakami presenteia-nos com mais respostas às perguntas que ficaram no ar no primeiro e as duas personagens estão cada vez mais próximas uma da outra sem se aperceber (e outras desaparecem, ou não fossem desaparecimentos tão típicos do autor).
Conseguimos perceber melhor que mundo é esse, o de 1Q84, um mundo à parte e sem saída, onde as personagens estão sob os olhos do Povo Pequeno. Temos também um vislumbre do Líder, mais informações sobre o passado de Fuka-Eri e uma atmosfera mais próxima da fantasia que  o livro anterior.
E permanece a sensação de que Murakami nos quer dizer muito mais...
Aguardo pelo desfecho desta história!
 


Sinopse:
O Livro 1 revelou a existência do mundo de 1Q84. Algumas perguntas encontraram resposta. Outras permanecem em aberto: Quem é o Povo Pequeno? Como farão esses seres para abrir caminho até ao mundo real? Existirão mesmo?, como sugere Fuka-Eri. Chegarão Aomame e Tengos a reencontrar-se? «Há coisas neste mundo que é melhor nem saber», como diz o sinistro Ushikawa. Em todo o caso, o destino dos heróis de 1Q84 está em marcha. No céu, distinguem-se nitidamente duas luas. Não é uma ilusão. Murakami descreve aqui um universo singular, que absorve, que imita a realidade, e a faz sua. A narrativa decorre em dois mundos que se cruzam, qual deles o mais real e o mais fascinante - o de 1984 e o de 1Q84.
A perturbante história de um amor adiado, recortada num cenário marcado pelo desencanto e pela violência. Uma fábula sobre os dilemas do mundo contemporâneo. Murakami retrata o mal-estar da sociedade japonesa que se esconde por debaixo de uma aparente quietude.

Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 436
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724620695

domingo, 3 de junho de 2012

"1Q84 - Vol.1", Haruki Murakami


Há certos livros que nos prendem e não sabemos bem porquê. O primeiro volume da trilogia de Haruki Murakami, "1Q84", é engenhoso. Deixou-me baralhada no início, sem perceber sobre o que trataria a história, até que as coincidências surgiram em catadupa. 
Murakami regressa com personagens peculiares, influências musicais - e literárias, ou não se falasse tanto do livro "1984" e de "metamorfoses" - e temas tão quotidianos como a homossexualidade, a violência doméstica, pedofilia, dislexia, fanatismo religioso... Ah! E o seu surrealismo, claro, naquela forma de escrever que parece tão simples e clara.
Apresenta-nos dois protagonistas, Aomame e Tengo, pessoas relativamente solitárias com vidas duplas, à margem da lei. Se a primeira é uma instrutora de defesa pessoal e assassina profissional, que repara em mudanças "subtis" do mundo que a rodeia, o segundo é um professor de matemática aspirante a romancista a quem é pedido que reescreva um manuscrito de uma rapariga, Fuka-Eri, para um concurso literário. São dois os mundos que se tocam, o de 1984, e o de 1Q84, e não conto mais, para não perder a piada. É um livro intrigante, que não deixa de nos lembrar que "as aparências iludem". Recomendo.



Sinopse:

Um mundo aparentemente normal, duas personagens - Aomame, uma mulher independente, professora de artes marciais, e Tengo, professor de matemática - que não são o que aparentam e ambos se dão conta de ligeiros desajustamentos à sua volta, que os conduzirão fatalmente a um destino comum. Um universo romanesco dissecado com precisão orwelliana, em que se cruzam histórias inesquecíveis e personagens cativantes.
Em
1Q84, Haruki Murakami constrói um universo romanesco em que se cruzam histórias inesquecíveis e personagens cativantes. Onde acaba o Japão e começa o admirável mundo novo em que vivemos? Uma ficção que ilumina de forma transversal a aldeia global em que vivemos.
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 560
Editor: Casa das Letras