segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Divulgação | "Sementes de Fé e de Esperança", Dulce Regina

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Género: Espiritualidade
Formato: 15 x 23,5 cm
N.º de páginas: 120
Data de lançamento: 02 de setembro de 2016
PVP: € 13,30
ISBN: 978-989-687-355-4

«Tenho o hábito de transmitir as minhas experiências através dos meus livros. Sendo assim, senti o desejo de auxiliar as pessoas que passam por perdas de entes queridos e de lhes enviar luz», afirma Dulce Regina em Sementes de Fé e de Esperança, um título que chega novamente às livrarias no dia 2 de setembro. 
Este livro é uma reedição – com nova capa – sendo um título há muito aguardado por tratar-se de um best-seller pertencente ao catálogo essencial da Editora Pergaminho. Sementes de Fé e de Esperança foi a forma que Dulce Regina encontrou de partilhar com os leitores como lidar com a perda, pois é um livro que surge após a despedida terrena da mãe da autora. 
«Este pequeno livro reúne algumas orações que foram encontradas no meio dos seus pertences. É uma homenagem à minha mãe Amélia e tenho a certeza de que poderá ajudar todas as pessoas que tiverem a mesma fé.» Este livro é uma mensagem de fé, esperança e amor, contendo orações aos mais diversos santos, preces, salmos, afirmações e decretos, mezinhas, pensamentos e mensagens.

 Sinopse:
«Nunca diga a Deus que tem um grande problema, diga, sim, ao seu problema que tem um grande Deus.» 
«Deus é amor. E o que vive no amor, vive em Deus, e Deus vive nele. Se nos amarmos uns aos outros, Deus viverá em nós.»
«Saiba sorrir perante a vida, a fim de que esta constitua a sua própria alegria de viver. A partir daí, a felicidade estará permanentemente ao seu lado.»
«A vida é uma maravilha para todos aqueles que sabem viver e conhecem o verdadeiro pulsar da vida eterna, que jamais termina.»

Sobre o autor:
Há mais de trinta anos que Dulce Regina trabalha com Astrologia Kármica e com regressão a vidas passadas, tanto no Brasil como a nível internacional, especialmente em São Paulo e Lisboa. É autora de vários livros publicados em Espanha, no Brasil e na América Latina. Um grande amor foi o motor da sua jornada espiritual: amor por um homem, um espírito. Hoje, é o amor pela humanidade que motiva o seu trabalho, dedicando-se a ajudar o próximo através das suas técnicas próprias para a transformação de karmas negativos em positivos e da descoberta da missão de cada um nesta vida.



Divulgação | "Cozinhar com os Miúdos", Erin e Tatum Quon

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Género: Gastronomia
Formato: 23,7 x 23,7 cm
N.o de páginas: 128
Data de lançamento: 02 de setembro de 2016  PVP: € 17,70 
ISBN: 978-989-692-105-7

Sinopse:
Mães e pais, sabiam que se podem divertir bastante na cozinha com os vossos filhos? Do pequeno-almoço ao jantar, vamos mostrar-vos como é fácil preparar pratos saborosos em conjunto. Cada receita é escrita para as crianças conseguirem acompanhar com apenas uma ajudinha de um adulto. Cozinhar com os Miúdos é não só uma ótima maneira de passar tempo em família, como também de ensinar aos mais novos algumas lições de nutrição e de variedade gastronómica. E, saboreando os deliciosos pratos que vão confecionar juntos, todos saem a ganhar!

Sobre os autores: 
Erin e Tatum Quon
Conceituada food stylist e chef profissional, Erin vive em São Francisco e é mãe de Tatum, com 5 anos; juntas, Erin e Tatum desenvolveram e testaram todas as receitas deste livro. Erin fez o food styling de vários livros premiados e colabora com revistas de cozinha de destaque, como Bom Appétit e Chow.com.

David Matheson
Aclamado fotógrafo de cozinha e lifestyle, David colabora regularmente com revistas de todo o mundo. Participou como fotógrafo e é autor de diversos livros de design e gastronomia. Nascido na Austrália, vive agora em São Francisco, Califórnia.


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

"1984", George Orwell

Querem ler algo que vos acicate, que vos deixe a pensar na nossa liberdade, na sociedade e no que ela se pode tornar? "1984" é uma boa sugestão. É um aviso. Ao ser escrito depois da II Guerra Mundial e ao satirizar os sistemas políticos totalitários, na época poderia ter impacto, mas hoje mantém-no. Não só porque continuamos em risco de cair em tal situação, mas porque existem temas intemporais que nunca é demais lembrar.

Em "1984", o mundo, pelo que Winston Smith sabe, divide-se em três potências, Oceânia, Lestásia e Eurásia, que guerreiam em permanência. Winston vive na Ocêania e é um dos camaradas do Partido Externo, mas duvida do que o envolve e começa a sentir-se revoltado com o sistema. Tem vislumbres da infância e acha que antes, a situação era diferente. Até a comida deveria ter um gosto mais saboroso, mas segundo o Partido, naquele momento atingiram um bom nível de vida. Como o explicar? Ou as mudanças que são feitas nos arquivos, onde até as pessoas desaparecem? E a guerra permanente em que vivem, será real? Pratica o primeiro acto de rebeldia ao comprar o diário onde quer "escrever para o futuro" e dá por si a esperar que algo destrua o Partido. Através dele, percebemos o tipo de sociedade em que vive e acompanhamo-lo a colocar em causa aquela ideologia.
O Partido regulamenta cada passo que dá, personificado pelo Grande Irmão, um rosto que o mira dos cartazes que pejam Londres. Pela cidade, no trabalho e no apartamento, as paredes estão equipadas com um telecrã, que transmite comunicados e música, e capta cada imagem e palavra dele. O Partido sabe sempre o que os camaradas estão a fazer, até no sono. O Partido regulamenta os casamentos, cujo fim é a procriação, e não a legalização de uma relação amorosa, já que os camaradas não devem ter tais laços entre eles. Dá preferência ao celibato, na verdade, e se há famílias, as crianças são instrumentalizadas logo cedo. São tão leais ao Partido que vigiam e denunciam os próprios pais.
Se o mundo em que Winston vive nos arrepia pela vigia constante, depressa depreendemos que o Grande Irmão vai mais longe, porque grande parte do seu objectivo passa pela supressão da individualidade e da liberdade de pensamento. O controlo dos meios de comunicação e da própria História é assustador, e feito de tal forma conveniente ao Partido que Winston nem tem a certeza de que o ano é 1984. Pode ser outro ano qualquer.  
Além disso, a mente deve adoptar a perspectiva do Partido. Se hoje deixam de estar em guerra com a Lestásia de quem agora são aliados suprime-se tal facto dos jornais - o trabalho de Winston - porque sempre se esteve em paz com tal potência. Se o Partido diz que 2+2=5, é porque 2+2=5. O Partido tem até nas mãos o projecto gramatical da novilíngua, mais apropriada a esta forma de pensar limitada e de acordo com os trâmites.
Assim, enquanto acompanhamos Winston, chocamos com os paradoxos daquela ideologia que controla as massas e somos levados a olhar bem para o nosso mundo. Um ponto que premeia o livro é o auto-controlo do pensamento, e não deixei de fazer associações com outro tipo de organização. Já repararam como a nossa perspectiva de uma acontecimento se altera consoante a ideologia que seguimos? O facto de pertencermos a uma religião - ou não - não nos mostra o mundo de maneira diferente? Todos conhecemos os perigos do fanatismo e neste livro é tão extremo que há que suprimir a própria memória consoante o que o Partido profere, porque é a instituição que encerra a única verdade. É o controlador de tudo, até das leis da Natureza, porque segundo ele, tudo existe através da consciência humana, e é o Partido que a controla... 
Temos, portanto uma visão assustadora de algo que se torna uma entidade por si. Dizem que quem controla a informação tem o poder. Se "apenas" isso já tem a capacidade de controlar a nossa perspectiva do mundo, imagine-se algo que pretende controlar o pensamento individual dos cidadãos para manter a "máquina" a funcionar, uma "máquina" que chega a ponto de querer limitar a linguagem para limitar a mente - sem termo apropriado para expor uma noção, como pensar sequer em tal? - e, com isto, controlar a população e manter o Poder.
Achei uma boa chamada de atenção para nos lembrarmos de pensar por nós mesmos.

É um livro que recomendo a todos pela mensagem que encerra. 

Sinopse

Já leram "1984"? Qual é a vossa opinião?
Boas leituras!

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Divulgação | "Moniz Pereira, Vida e Obra do Senhor Atletismo", Fernando Correia

Moniz Pereira, Vida e Obra do Senhor Atletismo
Fernando Correia
15x23
232 páginas + 8 a cores
17,00 €
Não Ficção/Biografia/Desporto
Nas livrarias a 24 de Agosto
Guerra e Paz Editores

Sinopse
UM MERGULHO FASCINANTE NA VIDA E OBRA DE MÁRIO MONIZ PEREIRA, O SENHOR ATLETISMO 

Uma biografia feita pelo jornalista e escritor Fernando Correia em diálogo com o professor Moniz Pereira. Este livro é o resultado da profunda amizade que existia e há-de continuar a existir entre o biografado e o autor do livro. É encantador ler as histórias que Moniz Pereira escreveu na primeira pessoa e que dão nota do seu humor, da grande paixão pela vida e por todos aqueles que estavam à sua volta, provando que a solidariedade não é uma palavra vã. Mário Moniz Pereira fala com franqueza, no seu tom vivo e divertido, comunicando neste livro o entusiasmo pelo desporto – pelo seu atletismo, mas também por outras modalidades, futebol incluído –, pela música e pela cultura. E lembra a todos que há segredos para quem quer ser atleta de qualidade. Três segredos, na verdade: treinar, treinar e treinar! Sempre com o objectivo de demonstrar que para se ter sorte é necessário trabalhar muito. Este livro é um hino à vida e ao desporto.

Biografia do autor
Fernando Correia. Jornalista, comentador de rádio e televisão, professor, nasceu em 1935 e dividiu a sua infância entre a Mouraria, o Alto de Santo Amaro e São Domingos de Benfica. Entrou para a Emissora Nacional em 1958. Trabalhou depois na RDP, Rádio Clube Português, Rádio Comercial e TSF. Foi director do Diário Desportivo e redactor e colaborador dos jornais Record, A Capital, O Diário, Gazeta dos Desportos, Jornal de Notícias e Diário Popular. Actualmente colabora na Rádio Amália e é comentador residente da TVI. Sportinguista assumido, colabora com a Sporting TV, depois de ter sido director adjunto e director do jornal do clube. É casado, pai de cinco filhos e avô de dez netos. Nascido num dia quente de Verão, é Caranguejo de signo. É autor de Piso 3, Quarto 313, e do romance O Homem Que Não Tinha Idade, editados pela Guerra e Paz.


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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

"Crónicas de Uma Pequena Ilha", Bill Bryson

Neste livro acompanhamos a jornada de Bill Bryson pela Grã-Bretanha, onde o autor viveu por uns bons anos. Antes de partir com a família para os Estados Unidos da América, de onde é oriundo, empreende esta última viagem com um foco central: perceber o que tanto lhe agrada naquela "pequena ilha". Assim, compara a Inglaterra da década de 70, quando lá chegou pela primeira vez, com a da década de 90 em que vive, e tece os seus comentários de Londres até Glasgow.
Gostei de ler o livro, mas tive pena de não ter referências pessoais sobre os lugares referidos, apesar do poder evocativo de Bryson, que consegue transportar-nos de uma estação de comboio fria e escura a colinas verdejantes e pejadas de aldeias. Aliás, foi mesmo o estilo irreverente do escritor que me agarrou. Bryson é mordaz  e diz o que tem a dizer, seja  para um infeliz empregado do McDonald's ou um desabafo ao leitor, de uma forma que me levou a pensar "Não! Ele não escreveu isto!" algumas vezes. Tece ainda várias críticas ao longo da viagem - seja aos serviços da British Ralways, ao que considera um mau planeamento urbano em zonas com edifícios antigos, ou a um quarto de hotel.
Tive pena de não encontrar no livro mais curiosidades sobre o país, até pela forma engraçada como o autor as expõe. Ao invés, Bryson prende-se muito em descrever tipos de estabelecimento local, pubs e estações de comboio, e por vezes tive receio de que o livro não passasse de um relato aborrecido sobre... lojas, pubs, restaurantes indianos e estações de comboio. Esperava que se prendesse mais sobre os aspectos culturais dos britânicos pela visão acutilante do autor, e nesse aspecto, soube a pouco. Prendeu-se muito na Inglaterra, País de Gales e Escócia ditos "físicos", e, se por um lado é interessante perceber que locais de interesse existam em certo local, por outro, às vezes, as passagens são tão sucessivas que se podem tornar entendiantes.
Ainda assim, gostei do estilo de escrita, como já referi acima, e é sempre bom ler algo diferente do habitual. Acho que "Crónicas de Uma Pequena Ilha" pode ser o livro ideal para quem também planeia fazer uma road trip pela Grã-Bretanha.

Sinopse

Já conhecem este livro? Qual a vossa opinião?
Boas leituras!

Nota: O exemplar lido foi cedido pela Bertrand Editora para opinião, a quem desde já agradeço. 
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

III Festival Portalegre Core já tem data marcada




A 3ª edição do Festival Portalegre Core já tem data marcada. Em 2016 o festival organizado pela Associação Cultural Portalegre Core vai decorrer nos dias 23 e 24 de Setembro (sexta-feira e sábado), no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre (CAEP).

Os concertos irão decorrer no espaço café-concerto “Quina das Beatas”, numa parceria com o CAEP e a Câmara Municipal de Portalegre, duas instituições que “têm apoiado e depositado grandes esperanças neste evento” como revelou Hugo Correia, presidente da Associação Cultural Portalegre Core.

Depois de a 1ª edição ter decorrido no estacionamento da antiga fábrica Robinson e de ter sido o antigo parque de campismo a receber a edição de 2015, é agora o Centro de Artes a acolher o evento, num ano em que comemora o seu 10º aniversário.

Neste Portalegre Core poderão ouvir-se projectos ligados ao Punk, Hardcore e Heavy Metal, haverá novidades como a realização da Feira de Artesanato Urbano “Feira das Beatas” e ainda a possibilidade de assistir gratuitamente aos DVD das duas primeiras edições no pequeno auditório antes do início dos espectáculos.

Para quem pretende assistir aos concertos o bilhete diário será de 5,00€, tendo os sócios da associação entrada gratuita.

“Iremos contar com 4 projectos musicais por noite e no final um Dj” esclareceu Hugo Correia, que revelou ainda que à semelhança das edições anteriores o embaixador será António Freitas que, “infelizmente, não marcará presença este ano por motivos profissionais”.

A esta altura já são conhecidos alguns nomes de bandas que sobem ao palco nesta edição, estando para dia 23 prevista a actuação dos portalegrenses Altarados e dos F.P.M. vindos de Lisboa. Para o dia seguinte estão confirmados os espanhóis Goddamn e The Idyll’s End.

A Associação irá divulgar mais alguns artistas e bandas a subir ao palco deste festival nos próximos dias em:

E claro, na  página de Facebook do Voyage também poderão acompanhar as novidades.

Somos Portalegre Core!

Acerca da Associação Cultural Portalegre Core:
A Portalegre Core é uma Associação Cultural Sem Fins Lucrativos criada em Portalegre no final de 2013 e que tem como objectivo “enaltecer e promover as pessoas de Portalegre que estão ligadas à música bem como a qualquer iniciativa cultural”.
Os seus estatutos definem como objectivos a promoção, apoio, e/ou divulgação de eventos culturais de amplitude regional, nacional ou internacional (de acordo com o interesse dos seus associados), interagir e relacionar-se com outras entidades congéneres, e ainda promover, divulgar e agenciar todos os projectos e/ou pessoas que estejam interessadas em trabalhar em conjunto com a Associação. A Associação publica no seu site entrevistas, promoção e cobertura de eventos.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

"Boleia Arriscada", Stephen King

Neste "Boleia Arriscada" o leitor é presenteado com catorze contos de Stephen King e, como o próprio autor explica na introdução, por vezes sabe bem sentarmo-nos no sofá a ler uma história cujo desfecho está perto. No caso dos contos deste livro, muitas vezes emergi da leitura com a sensação de que tinha decorrido mais tempo e que lera algo maior. É que Mr. King tem muito jeito para apresentar personagens completos, atrair-nos para o centro da acção e inculcar-nos aquele nervoso miudinho que se quer quando se lê suspense. 
Gostei no geral dos contos e acho que são recomendáveis a quem goste do género ou que queira começar a lê-los mais vezes. São muito completos e se há um ou outro que queríamos ver transformado em algo maior, o certo é que mais páginas iam tirar-lhe o brilho.
Dos catorze só não li o "Na Sala da Morte" até ao fim. É passado durante um interrogatório e não consegui deixar de ter a sensação de que era um exercício de escrita sobre essa situação. Pode não o ser, claro, mas não me senti cativada. 
De resto, prefiro apenas fazer uma apreciação geral para não vos retirar o elemento surpresa acerca do temas, mas tenho que destacar os meus preferidos:

- "Sala de Autópsias Número Quatro"
Alguém prestes a ser autopsiado vivo? Não haveria melhor forma de começar a colectânea. É de roer as unhas...

- "Tudo O Que Amamos Nos Será Tirado"
Misturemos as frases estranhas que vemos gatafunhadas nas portas do W.C. ao longo das auto-estradas com um pensamento suicida. Este comoveu-me pela forma como o protagonista vai ponderando a decisão dele.

- "Tudo É Fatal"
Adorei como o protagonista nos vai prestando as informações até termos um quadro sobre uma nova vida dele. Foi daqueles que tive vontade de ler mais, já que o final me soube a pouco. Estava a gostar tanto... Parece algo saído de um episódio de "Ficheiros Secretos".

- "O Vírus da Estrada Dirige-se Para Norte"
Se me pedissem para escolher um preferido sem pensar muito no assunto apontava para este primeiro. Para não vos estragar a surpresa, digo apenas que é sobre um escritor que compra um quadro numa venda de garagem. Só que o quadro não é uma pintura qualquer, ou o pintor não se teria suicidado... Este foi lido com o coração a mil, principalmente nas últimas páginas. Achei-o aterrorizador.

- "Almoço no Café Gotham"
Esperava não gostar assim tanto, mas a narração do protagonista era peculiar e foi engraçado partir para esta leitura sem ter noção do que poderia ser o desfecho...

- "1408"
É claro que achei piada a este. Vejam: um quarto de hotel, o 1408 - somem os números! - nunca é vendido. Provavelmente as histórias estranhas sobre os suicídios e os desmaios das empregadas são só disparates. Ou não. De qualquer forma, Mike está decidido a passar lá uma noite, para escrever mais um livro sobre as suas experiências em locais ditos "assombrados"...

Por curioso que seja, achei "O Homem do Fato Preto" e "Boleia Arriscada" similares. Em ambos os protagonistas encontram-se com uma estranha personagem e temem não chegar a tempo de ver uma pessoa que amam ainda com vida. São também bons contos, que acabam por nos deixar a pensar. 
Já de "A Teoria de L. T. Sobre Animais de Estimação" esperava gostar mais, mas a forma como é narrado é curiosa e tem uma mudança de tom peculiar, pois começa com um estilo quase cómico e termina de forma mais pesada.
Os restantes não me tocaram tanto, apesar de me sentir a sufocar com as repetições em "Aquela Sensação, Só Conseguimos Dizer O Que É Em Francês", como era suposto. Para mim o mais fraco foi "A Moeda da Sorte". Dei por mim a sentir-me enganada - como quando as histórias no final são só um sonho - e depois o desfecho não me empolgou como deveria.

No geral foi um livro de que gostei muito, mesmo que lido ao longo dos últimos meses entre outras leituras. Foi uma forma de conhecer um pouco mais do trabalho deste escritor e decerto vou querer ler mais contos dele, para além de romances.

Sinopse
E vocês, já leram algum conto de "Boleia Arriscada"? Qual é a vossa opinião?
Boas leituras!

sábado, 6 de agosto de 2016

"O Médico de Córdova", Herbert Le Porrier

Nestas páginas, Moisés Maimónides desvenda-nos a sua vida privada numa missiva dirigida a um seu discípulo europeu. Nasceu em Córdova em 1135, numa época em que na cidade coabitavam pacificamente judeus, muçulmanos e latinos, e viu-se exilado com a entrada na cidade dos almoadas, islâmicos fanáticos que se prestavam a conquistar a Andaluzia desde o norte de África.  Sendo judeu, tinha duas opções para escapar à morte, a conversão ou a saída de Córdova, algo que a família preferiu fazer. Com o pai, o Rabi Maimon, e o irmão, David,irá viver em vários pontos do Mediterrâneo até se fixar na actual Cairo.
Moisés era o filho primogénito e como tal deveria seguir o caminho do pai que actuava como um Juiz sobre as questões da Lei judaica. Porém, interessou-se por medicina, foi discípulo de Ibn Rushd (conhecido hoje como Averróis) e chegou a tratar Saladino. Através do seu relato de vida e das trocas de pensamentos com quem se cruza pelo caminho tomamos também uma noção mais vívida do que era a Europa e o Médio-Oriente da época, o que mexeu comigo e me fez apreciar tanto esta leitura.
É sempre bom conhecermos uma personagem que na sua época, rodeado por tanto extremismo, conseguia pensar por si próprio. Na Península assistiu à destruição levada a cabo pelos almoadas, que veneravam o despojamento, mas não tinham escrúpulos em destruir conhecimento guardado por séculos na biblioteca já que para eles apenas a mensagem no Corão era a Verdade; no Médio-Oriente viu as más condições de vida dos judeus na própria terra dos seus antepassados tomada pelos ditos "Soldados de Cristo". Muçulmanos e cristãos tentavam tomar o mundo conhecido para si e o povo judeu continuava a Diáspora, atormentado por uns e pelos outros, e a tentar manter viva a identidade religiosa e cultural, mesmo que às escondidas.
Li "O Médico de Córdova" com uma certa revolta contra as guerras religiosas da época e em tudo o que acarretam, como os assassínios de inocentes e as conversões forçadas, que não passavam de uma forma de inferiorizar outro povo. É incrível o que a Humanidade consegue fazer com a desculpa de  espalhar o nome do seu "Criador", e mais uma vez este livro pode ser uma chamada de atenção.

Adorei lê-lo. O estilo de escrita do autor pode chegar a ser intrincado, até pela abordagem de alguns temas mais filosóficos, mas é muito envolvente. "O Médico de Córdova" é, assim, daquele tipo de romance que nos espicaça e se mantém com o leitor. Leva-nos a reflectir e no final terminamo-lo com a sensação de que aprendemos mais um pouco sobre o mundo que nos rodeia. Passados tantos séculos continuamos com medo de ver a nossa liberdade de alguma forma limitada. Não estamos assim tão diferentes...

Sinops


Já o leram? Qual é a vossa opinião?
Boas leituras!
 

Nota: Este livro foi-me cedido pela Editorial Bizâncio para opinião, a quem mais uma vez agradeço.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

E por aqui as leituras vão assim

Com o calor sinto sempre que abrando o ritmo de leitura, e reparei há pouco que a última opinião foi redigida no final de Junho. Por um lado é assustador, mas por outro tenho que me lembrar que fui lendo contos do "Boleia Arriscada", de Stephen King; tive uma experiência de beta-reading gratificante e que "A 19.ª Esposa", de David Ebershoff, está em modo stand by.

Entretanto, alcancei a recta final de "O Médico de Córdova", de Herbert Le Porrier, o qual agradeço à parceira Editorial Bizâncio. Está a ser uma grande leitura, e adoro a sensação de estar a aprender mais um pouco sobre a diáspora judaica - e não só.
Para breve está a leitura de "Crónicas de Uma Pequena Ilha", de Bill Bryson, que chegou hoje à estante com o apoio da Bertrand Editora. Muito obrigada pelo voto de confiança! Este livro insere-se na categoria de literatura de viagem e estou super curiosa.


E vocês, também notam que diminuem o número de leituras no Verão? Qual é a vossa leitura do momento?

Boas leituras!