segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"A Família Radley", Matt Haig

Com uma história bem estruturada, capítulos pequenos e personagens empáticas "A Família Radley" proporcionou-me uns bons momentos de leitura. Para já, foi uma lufada de ar fresco: não é "mais um livro de vampiros e...e...amor". A própria noção de "vampiro" é modificada, já que não se refere propriamente a "criatura da noite", mas sim a alguém que é convertido em vampiro (e podem reproduzir-se normalmente). É, portanto, um livro sobre uma família, que esconde "alguns segredos", e que tenta viver normalmente numa aldeia inglesa - o que não vai dar bom resultado. 
Com momentos comoventes, outros divertidos e alguns mais negros, foi a leitura ideal para os momentos de pausa. 

P.S.: Só não percebo a comparação com "Harry Potter". Os miúdos da família não sabem que são vampiros e há muita alusão ao número da casa onde moram. E daí?


Sinopse:
A Família Radley é uma família como tantas outras: mais ou menos disfuncional, mais ou menos satisfeita. Até aqui, tudo bem. Só que os pais, Peter e Helen, têm escondido de Clara e Rowan, os filhos, um segredo arrasador, mas que explica muitas coisas…
Um livro divertido, envolvente e emocionante que nos oferece o retrato de uma família invulgar. A Família Radley faz-nos pensar em que será que nos tornamos quando crescemos e o que será que ganhamos (e perdemos) quando negamos os nossos apetites.
E tu, consegues controlar os teus instintos? 

Edição/reimpressão:
Páginas:360
Editor:Bertrand Editora


domingo, 12 de agosto de 2012

"Nunca me Esqueças", Lesley Pearse

Quando comecei a ler o "Nunca me Esqueças" pela primeira vez, há cerca de 3 anos, talvez, julguei-o demasiado lamechas e coloquei-o de lado. Sendo baseado em factos reais, decidi dar-lhe uma oportunidade e lê-lo com outros olhos. Não me arrependi!
Relata uma historia de coragem protagonizada por uma simples mulher que, mesmo numa época controlada pelos homens, conseguia ser mais determinada do que muitos deles, numa colónia penal nos confins do mundo. Foi bastante interessante ler sobre aquele pedacinho de História, sobre Mary Broad, uma "heroína" da Cornualha que eu desconhecia, a vida dos condenados num navio-prisão - nem sempre o Homem é "humano" - e a colonização da actual Austrália, dois pontos que me deram que pensar.
Lesley Pearse tem um certo dom para comover o leitor e aproximá-lo das personagens, o que adoro num livro. Senti que conhecia realmente aquele leque de pessoas que rodeava Mary e, se simpatizei com uns, a outros senti vontade de dar um bom par de palmadas - haverá coisa pior num livro do que gente de papel que nos é indiferente? No entanto, peca quando decide explicar todas as emoção que a personagem sente. Corta a acção. Pode ser positivo, mas em certos pontos da narrativa é um "pouco" irritante, porque queremos saber se se vão safar da tempestade e não se estão aborrecidos devido a "isto e aquilo"...
Mas perdoa-se.


Sinopse:
Até onde iria por amor?
Num dia…
Com um gesto apenas…
A vida de Mary mudou para sempre.
Naquele que seria o dia mais decisivo da sua vida, Mary - filha de humildes pescadores da Cornualha - traçou o seu destino ao roubar um chapéu.
O seu castigo: a forca.
A sua única alternativa: recomeçar a vida no outro lado do mundo.
Dividida entre o sonho de começar de novo e o terror de não sobreviver a tão dura viagem, Mary ruma à Austrália, à época uma colónia de condenados. O novo continente revela-se um enorme desafio onde tudo é desconhecido… como desconhecida é a assombrosa sensação de encontrar o grande amor da sua vida. Apaixonada, Mary vai bater-se pelos seus sonhos sem reservas ou hesitações. E a sua luta ficará para sempre inscrita na História.
Inspirada por uma excepcional história verídica, Lesley Pearse - a rainha do romance inglês - apresenta-nos Mary Broad e, com ela, faz-nos embarcar numa montanha-russa de emoções únicas e inesquecíveis. 


Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 432
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892303178