sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Kafka à Beira Mar", Haruki Murakami

Conhecem aquela sensação de vazio depois do final de um livro intenso? Sabem o que é perguntarem "o que achaste" e... não conseguirem responder? Ora aí está o meu retrato depois virar a ultima página de "Kafka à Beira Mar".
Tenho pena que não tenha sido viciante, que tenha demorado algum tempo até se perceber qual é a ligação entre personagens. Os dois protagonistas, aparentemente, nada têm em comum. Nakata é um velhote peculiar "muito pouco brilhante" que conversa com gatos, e Kafka, de 15 anos, foi amaldiçoado pelo pai a cumprir um destino com um toque do mito de Édipo na nossa era. No entanto, as suas histórias caminham lado a lado numa odisseia. 
Aqui o destino tem um papel central, ou não tentasse Kafka fugir da maldição; Nakata necessitasse de encontrar algo, mesmo que não compreenda logo "o quê" e "para quê"; e pessoas (ou "coisas") encontradas "por acaso" dessem um empurrãozinho para que as tarefas se concretizem.
Foi um livro curioso, como só os deste autor podem ser. Há personagens de personalidades e hábitos muito próprios, como Oshima e Hoshino, que auxiliam os protagonistas, e Saeki, que está alienada da "nossa" realidade. Há coisas sem forma que tomam de empréstimo figuras de marcas de produtos e um - ou dois - assassínios necessários. Mais não digo. Um dos encantos desta obra reside exactamente na sua capacidade de nos surpreender.
Leiam-no e discutam-no com um amigo. Ou com o gato.

Sinopse

domingo, 9 de junho de 2013

Assembleias de Bruxas e Contos de Fadas

Os famosos "contos infantis" de origem europeia serão assim tão "infantis" quanto isso? Já repararam como são sombrios, mas, ao mesmo tempo, conseguem ser uma lição de moral para uma criança?
No Delícias à Lareira é este o mote para mais uma "Assembleia de Bruxas", a nova rubrica do blog.

Cliquem aqui e juntem-se à discussão!