"Lituma nos Andes" foi o segundo livro que li de Mario Vargas Llosa. Gostei bastante do "A Tia Julia e o Escrevedor", mas agora fiquei mesmo fã. É uma obra que aconselho a qualquer leitor.
Conhecemos um pouco mais daquela época da história do Peru, e um pouco da cultura supersticiosa da população "serrucha" dos Andes - não esqueçamos que o país é um caldeirão de culturas muito interessante, à boa maneira da América do Sul.
Temos, portanto, a história de dois guardas civis do acampamento mineiro de Naccos, que se vêm a braços com três misteriosos desaparecimentos. Lituma, o mais velho, sente-se à parte naquele lugar onde os peões ainda acreditam em criaturas que roubam sangue e banha humana e que os deuses da montanha, os "apus", têm de ser aplacados com sacrifícios. Acredita que é ali que vai morrer e vive à espera do momento em que o grupo de guerreiros maoístas que percorre o Peru chegue ao acampamento e os assassinem. À noite, o guarda mais novo, Tomas, vai contado o amor, ou "desamor", que viveu com Mercedes - umas passagens bastante engraçadas, ou não se intrometessem os comentários de Lituma.
Entretanto, os guerrilheiros vão fazendo julgamentos populares, aproximando-se do acampamento, e personagens e estórias cruzam-se subtilmente...
Este é o tipo de livros que nos faz viver realmente a acção e nos faz reflectir acerca do radicalismo político, da loucura geral que se pode abater sobre as massas - ou simples grupo de pessoas, como os clientes da cantina de Dioniso e D. Andriana, em Naccos - e do poder do medo, a par de algum humor, claro.
Recomendo!
Sob a ameaça constante dos guerrilheiros maoístas do Sendero Luminoso, o
cabo Lituma e o seu adjunto Tomás vivem num acampamento mineiro das
montanhas do Peru, onde inexplicáveis e obscuros desaparecimentos lhes
prendem o interesse.
Paralelamente, a vida pessoal de ambos - sobretudo o reaparecimento de um antigo amor de Tomás -, intrometer-se-á profundamente na investigação.
O drama real das comunidades peruanas, nos anos 80, reféns da organização paramilitar de esquerda, e as dúvidas pessoais dos personagens cruzam-se durante todo o romance, tornando Lituma nos Andes uma obra ímpar no percurso literário de Mario Vargas Llosa, mas também uma das suas mais ferozes críticas à violência estrutural que afectou o Peru durante tantas décadas.
Uma obra obrigatória em qualquer biblioteca.
Paralelamente, a vida pessoal de ambos - sobretudo o reaparecimento de um antigo amor de Tomás -, intrometer-se-á profundamente na investigação.
O drama real das comunidades peruanas, nos anos 80, reféns da organização paramilitar de esquerda, e as dúvidas pessoais dos personagens cruzam-se durante todo o romance, tornando Lituma nos Andes uma obra ímpar no percurso literário de Mario Vargas Llosa, mas também uma das suas mais ferozes críticas à violência estrutural que afectou o Peru durante tantas décadas.
Uma obra obrigatória em qualquer biblioteca.
Edição/reimpressão:
Editor: Leya