Terminei a primeira leitura para o desafio Assombrações de Leituras! Não foi tarefa fácil, mas já passo a explicar.
Em "A Herdeira" a autora volta às temáticas místicas que envolvem os seus livros, como os fãs bem conhecem. Deixa até, no ar, a possibilidade de as personagens já se conhecerem de outras vidas e dei por mim a tentar perceber se alguma delas seria uma reencarnação das personagens de "As Brumas de Avalon". Teria a sua lógica, já que o parapsicólogo Colin é envolto em sabedoria, como Merlin.
Este livro, localizado no mesmo "universo" que a série "O Poder Supremo", passada no século XX, aborda também a necessidade da escolha entre Bem e Mal, e como a linha pode ser tão ténue, e ainda deixa no ar um ideal de redenção.
Leslie é a protagonista, uma psicóloga que ao dar por si a conseguir ter visões de pessoas desaparecidas, começa a sentir-se envolvida em acontecimentos, no mínimo sobrenaturais. Muda de casa com a irmã, Emily, que estuda música, e os problemas só tendem a aumentar, principalmente quando, supostamente, Leslie terá sido "escolhida" pela falecida dona da vivenda, que também tinha poderes psíquicos.
Entretanto, entra em cena Simon, um pianista de alma torturada, que sofreu um acidente que pôs em causa a carreira. É visto pela comunidade "psíquica" de Colin como um mago negro, mas é também o protector das duas irmãs. E mais não digo.
Por um lado gostei de ler o livro. Foi um bom regresso aos temas da autora, e às suas personagens. Aumentou a minha vontade de reler a série "As Brumas de Avalon", apesar de me lembrar também o "A Colina das Bruxas", de que gostei.
Por outro, já estava desejosa de acabar a leitura. Adorei que se falasse de temas como a purificação de uma casa, que se explicasse o fenómeno "poltergeist", e até gostei das descrições das consultas de Leslie, mas achei que as cenas do quotidiano já eram um abuso. Houve muita falta de acção propriamente dita, e o livro enrolava-se nas descrições dos jantares das irmãs, e nos seus problemas, como se tentasse "render o peixe". Não gosto disso. Prefiro que o livro tenha um tamanho mais pequeno e que me faça virar as páginas com entusiasmo, do que a rolar os olhos. Até os "fenómenos" sobrenaturais foram colocados em exagero, e as suas "mensagens" eram previsíveis. A MZB que me perdoe, mas já estava cansada de objectos partidos, e campainhas, e visões holográficas do mesmo tipo.
E depois, o desfecho foi tão rápido, que fiquei com pena de ter acabado.
Espero mais tarde ler a série "O Poder Supremo", já que simpatizei com Claire e Colin.
Sinopse
|
Conhecem o livro? Qual é a vossa opinião?
Boas leituras!