quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

De tartes e outros bolinhos

Entre os livros que lemos há, acima de tudo, bons momentos para partilhar.
O meu Huguinho teve a ideia mirabolante de aproveitar o resto do recheio de uma tarte. Do recheio de tarte chegámos a bolinhos de cacau e bolacha deliciosos!

Cliquem aqui para espreitar o resultado:
 
http://hmccorreia.blogspot.pt/2014/02/miminhos-de-chocolate.html
(resultado acima de tudo, de bons momentos partilhados com a pessoa mais importante do mundo)
 
E vocês, já inventaram receitas? Receitas com história?

Boas leituras! (e bons momentos!)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Próxima leitura em sorteio

A minha cara Spinelli do Delícias à Lareira falou-me de uma ideia bem gira que encontrou noutro blog e que lhe chamou a atenção: a TBR Jar. A minha querida Diana do Conto sobre mim também já aderiu à ideia.
Ora, a To Be Read Jar consiste numa jarrinha onde colocamos papelinhos com os títulos que ainda temos na estante à espera de vez. Depois , sorteamos a próxima leitura. É uma ideia fantástica!
 
 
Muitas vezes dou por mim tempos e tempos a olhar para os volumes sem conseguir decidir qual deles escolher. Costumo dar prioridade aos livros emprestados, e vou deixando os mesmos livros "para a próxima".
 
Isso de deixar livros acumular pó sem os ter lido não parece muito feliz - e estar de pé tanto tempo em frente ao móvel numa sala fria como é a "minha humilde mini-pseudo-biblioteca" cansa e dá azo a constipações e tosse e etc.!
 
Pois bem, decidi tomar coragem (que isto de sortear a próxima leitura podia correr mal, porque no ultimo momento podia ter mesmo muita vontade de escolher outro) e criar a minha própria TBR Jar. Isto é, a minha TBR "Box".
 
 
Nesta caixinha que outrora guardou brincos-maiores-que-já-não-uso coloquei os títulos dos livrinhos que mais recentes; de uns com uns aninhos que ficavam sempre para trás; de alguns que ficaram a meio; de dois que adorava reler; e de alguns que andavam por lá à espera que um dia lhes pegasse.
 
Preferi escrever em papelinhos iguais para evitar qualquer memória relacionada com a cor. E pronto: foi guardar títulos, agitar, respirar fundo, rezar ao ursinho da TBR Box  - "não saias, "Historiador", "não saias "Pêndulo de Foucault" -  e retirar o nome do feliz contemplado...

Gostaram da ideia? Vão aderir?

"A Livraria", Penelope Fitzgerald

“A Livraria” deixou-me dividida. É daqueles livros raros com frases improváveis que nos dão vontade de reler, com personagens com que me identifico, mas com um final repentino que não faz jus à história.
Florence, a protagonista, é uma viúva de meia-idade que decide dar um novo rumo à vida. Como tal, na pequena localidade onde vive, decide comprar a Old House, uma mansão antiga – a cair de podre e assombrada – para a transformar numa livraria.
No entanto, esta decisão não é bem vista por algumas das pessoas que a rodeiam, como o bancário que trata do empréstimo, ou Mrs. Gamart, uma senhora influente que vai puxando os cordelinhos para tirar a Old House das mãos de Florence. Não simpatizei com esta personagem. Nem com Milo, de quem desconfiei desde que aparece. Por outro lado, Christine, a pequena ajudante da livraria, muito prática e sem rodeios, torna-se inesquecível.
É passado numa localidade pequena, com os típicos constrangimentos de um sítio assim e o facto da Old House estar assombrada deu um toque cómico – ou melhor, trágico-cómico – a algumas situações. Infelizmente, o livro centra-se muitas vezes na contabilidade da loja, o que se torna um pouco aborrecido. Além disso, tinha a expectativa de que fosse tratar assuntos mais polémicos, já que a sinopse destaca o momento em que Florence coloca o “Lolita”, de Vladimir Nobokov, à venda. Malditas sinopses!
De qualquer forma, é diferente e fornece uma boa leitura. Gostei da forma como foi escrito e, no fundo, “A Livraria” parece ser daquele tipo de livros que fica na memória.
Tenho pena que tenha acabado tão depressa.
 
Já o leram? O que acharam?
 
 
http://www.bertrand.pt/ficha?id=11219999

 
Boas leituras!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

"O Mago - Aprendiz", Raymond E. Feist


Por vezes fico com a impressão de que os livros nunca são lidos da mesma forma em épocas diferentes. O livro, aquele objecto que fica tão bonito na estante, nunca muda. Nós sim.
Acontece que algures na minha adolescência pensei ter um gosto especial pela típica fantasia épica “à la Tolkien”. Bastava existir uma referência ao povo “élfico” para querer ler o dito livro. Entretanto esse gosto foi mudando. Por exemplo, li os dois primeiros livros da tetralogia “A Herança”, de Christopher Paolini e adorei-os! Não havia história mais perfeita do que a do rapaz e do dragão fêmea destinados à grandeza – mesmo que o enredo fosse semelhante ao do "Star Wars". O certo é que não consegui acabar o terceiro livro, “Brisingr”. Ficamos mais exigentes ou assim o pensamos?


“O Mago” chamou-me a atenção. Foi um bom regresso a essa época de elfos e dragões e feiticeiros, mas, neste caso, há um toque original. O mundo de Pug, o aprendiz de mago, é invadido por um exército alienígena!
Neste volume acompanhamos as aventuras dos amigos criados no torreão, Thomas e Pug, que pensam que as viverão sempre juntos; os primeiros amores; o interesse crescente de Carline a princesinha mimada pelo aprendiz e as rivalidades naturais entre adolescentes. No entanto, com o aparecimento dos “tsurani”, tudo muda.
Como primeiro volume é fantástico. Consegue transmitir uma boa apresentação das personagens principais e é, até, possível reparar no seu crescimento, seja em função da idade ou da força das circunstâncias, o que as torna mais credíveis. O final "O Mago"  consegue manter-nos suspensos em relação ao destino dos protagonistas, o que incentiva à leituras dos próximos volumes.
A presença de magia e dos outros povos típicos deste género, como os elfos e os anões proporcionaram-me uma certa nostalgia ao longo da leitura. Já tinha saudades.
Já o leram? O que acharam?

http://www.saidadeemergencia.com/produto/litfantastica-bang/fantasia-o-202346/o-mago-aprendiz/
 
 
Boas leituras!