Por norma, gosto de associar a leitura de um thriller ao Verão. Acho que é o ideal para ler quando o calor pesa nas pálpebras e a nossa concentração pede passagens rápidas e o mais cinematográficas possíveis.
Isto para começar por dizer que demorei a ler "A Partícula de Vénus" exactamente porque senti necessidade de algo mais profundo - ou, no mínimo, com personagens mais "tridimensionais". Não que não tenha gostado do livro, claro. Só não senti que fosse a época ideal para o ler - ainda assim, preferi não desistir da leitura.
Em "A Partícula de Vénus" Tom Broadbent, um veterinário com gosto por cavalgar pelos desfiladeiros, encontra um homem moribundo, Weather, que lhe entrega a um bloco de notas com informação codificada. Acontece que Weather era um caçador de fósseis, e terá descoberto algo "em grande". O assassino, um ex-presidiário que deve a saída da prisão a um curador ambicioso, toma Broadbent como o novo alvo para reclamar a localização da descoberta, e a partir daí temos uma história cheia de acção.
O livro tem capítulos pequenos e tal, aliado à mudança de pontos de vista das personagens, pode tornar a leitura mais viciante. Ainda assim, o que me manteve interessada em acabar foi mesmo o mistério relacionado com o fóssil e as "partículas" a que o título se refere. Não quero falar em detalhes para estragar a surpresa, mas digamos que sabe bem sonhar e tive pena de o thriller não ser mais científico no geral como foi nos últimos capítulos.
Este é daqueles livros bons para quem gosta de acção. Temos perseguições, armas, gente disposta a trapacear para alcançar os seus objectivos e como já disse, torna-se muito cinematográfico. Ainda assim, é o tipo de livro onde sabemos as distâncias exactas de um território descrito ou a marca dos sapatos de alguém, quando é algo que nem sempre se pede. Acho que prefiro saber o que sente uma personagem, o que me leva ao que me desiludiu no livro: a profundidade delas. Conhecemos algum "backstory", mas tive pena porque a este nível tal foi bem conseguido com o vilão, mas nem tanto com os restantes. Por pouco, o perigo que Tom e Sally viviam passava-me ao lado...
Ainda assim, no geral gostei de ler o livro - e fiquei com curiosidade de conhecer mais obras de Douglas Preston -, mas tive a certeza de que o apreciaria melhor numa época em precisasse mesmo de me entreter com algo cheio de acção.
E vocês, já conhecem este livro ou leram algo do autor? Qual é a vossa opinião?
Boas leituras!
Este é daqueles livros bons para quem gosta de acção. Temos perseguições, armas, gente disposta a trapacear para alcançar os seus objectivos e como já disse, torna-se muito cinematográfico. Ainda assim, é o tipo de livro onde sabemos as distâncias exactas de um território descrito ou a marca dos sapatos de alguém, quando é algo que nem sempre se pede. Acho que prefiro saber o que sente uma personagem, o que me leva ao que me desiludiu no livro: a profundidade delas. Conhecemos algum "backstory", mas tive pena porque a este nível tal foi bem conseguido com o vilão, mas nem tanto com os restantes. Por pouco, o perigo que Tom e Sally viviam passava-me ao lado...
Ainda assim, no geral gostei de ler o livro - e fiquei com curiosidade de conhecer mais obras de Douglas Preston -, mas tive a certeza de que o apreciaria melhor numa época em precisasse mesmo de me entreter com algo cheio de acção.
Sinopse |
E vocês, já conhecem este livro ou leram algo do autor? Qual é a vossa opinião?
Boas leituras!