terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"Norwegian Wood", Haruki Murakami

“Norwegian Wood” é sem dúvida o livro mais bonito dos poucos que li de Haruki Murakami. Aliás, é dos livros mais belos e melancólicos que já alguma vez li. Uma história de amor destinada à tragédia e frases delicadas dão-lhe esse posto.
Toru, o protagonista, oferece-nos o relato dos seus tempos de estudante ao sentir a necessidade de escrever aquelas memórias para não esquecer Naoko. É quase uma homenagem àquela rapariga por quem sente um amor tão puro, mesmo sendo a namorada do falecido melhor amigo, Kisuki.
Além disso, relata o dia-a-dia num dormitório masculino, as greves estudantis da época e as aventuras nocturnas com Nagasawa, um playboy incurável – e bastante desprezível, deixem-me dizê-lo. Conhece Midori, uma rapariga um tanto doida que vai dividir os seus sentimentos e, no fundo, é a ligação que tem ao mundo real. Quando o estado mental de Naoko piora e a leva a viver numa instituição, Toru começa a alienar-se. O mundo real não lhe parece autêntico.
A vida deste protagonista é quase cíclica. Toru acaba por viver situações semelhantes, por se ver rodeado de gente que segue caminhos idênticos e por sentir o mesmo abandono. Do mesmo modo, os triângulos amorosos de “Norwegian Wood” estão interligados. Estranho? É Murakami. E tal como num bom livro de Murakami, uma personagem bastante peculiar não regressa das férias e desaparece sem explicação.
Amei “Norwegian Wood”, simplesmente, desde o primeiro capítulo àquele final que deixa que pensar. Toru tem que escolher entre o passado e o presente. Terá sido uma boa escolha?
É claro que dispensava uma das cenas finais, pela sua falta de lógica, mas o sexo é um assunto alvo de alguma estranheza que se torna habitual nas obras deste autor. Se as personagens têm personalidades muito próprias, a sua visão do sexo também o é.
Para concluir, tenho apenas de dizer: leiam-no. A Spi “impingiu-mo” vezes sem conta e só tenho de lhe agradecer pelo empréstimo de um livro que já está no meu “top ten”. Uma vénia para ti, Spi!

P.S.: Não deixem também de ouvir a música dos Beatles a quem Murakami pediu o título emprestado para esta história. Faz todo o sentido.

Boas leituras!
http://www.fnac.pt/Norwegian-Wood-Haruki-Murakami/a175437
 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

"O Quarto da Rainha", Juliette Benzoni

"O Quarto da Rainha", o primeiro volume da trilogia "Segredo de Estado", de Juliette Benzoni, mostrou ser uma boa surpresa.
Através da história de Sílvia Valaines, dama de honor da rainha de França, Ana de Áustria, (que era espanhola e se mantinha de candeias às avessas com o esposo, Luís XIII), ficamos a par de uma teoria sobre a paternidade de Luís XIV e daquelas relações internacionais tão frágeis, e passeamos lado a lado de personagens históricas, desde o infame cardeal Richelieu ao "pai" da Gazette - e do jornalismo - Teofrasto Renaudot.
O livro conta uma estória "à moda antiga", como gosto de chamar, possuindo a típica heroína inocente e vítima de infortúnio; alguns triângulos amorosos; alguns cavalheiros de bom coração e um vilão horroroso que é impossível deixar de odiar. No entanto, há personagens ambíguas, que nos conseguem deixar a pensar nas suas intenções e também conseguimos ver a sua evolução natural ao longo do volume.
Além disso, as descrições são bastante boas e o enquadramento histórico é bem feito, já que as informações relevantes para se entender aquele período são dadas ao leitor de forma simples e sucinta.
Simpatizei com a protagonista, por muito inocente que fosse na corte, e por muito leal que se mostrasse pela sua paixão platónica, Francisco de Beaufort, que não corresponde àquele amor. Só há algo estranho: apesar de, por vezes, ser descrita como um pouco maliciosa, tal não se nota nas suas atitudes. Espero que seja "apenas" um erro de tradução...
Fiquei curiosa para saber o final desta história (ou melhor, saber se a pequena Sílvia finalmente tira o Francisco da cabeça; se Lafermas, "violador-profissional" tem um final merecido e se o cavaleiro de Raguenel consegue vingar a mãe da protagonista). A minha intenção é ler a trilogia de seguida. Vamos ver como corre.

Boas leituras!

http://www.bertrand.pt/ficha/O%20Quarto%20da%20Rainha%20-%20O%20Segredo?id=1553434


P.S.: cliquem na imagem para ler a sinopse.

 
 

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Tirei férias do meu blog

Deixei o meu "Voyage" num cantinho por uns tempos e tirei umas férias. Talvez deva culpar a preguiça, a mamã de todos os males, segundo dizem por aí, ou talvez culpe o puro prazer de ler sem me preocupar com a opinião que tinha de escrever.
Contudo, dei por mim a registar a minha opinião sobre o último volume que li num caderno de rascunho - ora, o bichinho continuava cá -  e, na última Assembleia de Bruxas "de corpo presente" pensei  no "Voyage" com nostalgia. Sinceramente, já tinha saudades.
Cá estou de volta, para registar as minhas leituras.
 
Durante este interregno (que palavra engraçada para "interrupção") dediquei-me aos seguintes livros:
 
 - "A Irmã de Freud", de Goce Smilevski, um livro muito interessante que se debruça sobre a mudança de mentalidades, a loucura, a solidão e mostra outra faceta de Sigmund Freud;
 
http://www.bertrand.pt/ficha/a-irma-de-freud?id=14845305


 - "A Muralha de Gelo", Vol. II das "As Crónicas de Gelo e Fogo", de George R. R. Martin;
 
http://www.saidadeemergencia.com/produto/litfantastica-bang/fantasia-o-202346/a-muralha-de-gelo/
 
e "A Fúria dos Reis", Vol III das "Crónicas de Gelo e Fogo", de George R. R. Martin.
 
http://www.saidadeemergencia.com/produto/litfantastica-bang/fantasia-o-202346/a-furia-dos-reis/
 
 
Comecei ainda a ler "A Um Deus Desconhecido", de John Steinbeck, e "Lealdade Mortal", de J. D. Robb, mas, por agora, deixei-os em repouso na estante. O primeiro tem descrições muito boas, mas preciso da dose certa de paciência para não estranhar as atitudes de algumas personagens; o segundo parece-me mais adequado para ler na piscina, no Verão, já que lhe falta o "suspense" que espero de um policial.
 
Já os leram? O que acharam? Tenham umas boas leituras!
E, já agora, bom Halloween! Não se esqueçam de passar pelo Delícias à Lareira ;D 
 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"Marina", Carlos Ruiz Zafón

"Marina" é comovente, mas não encheu as minhas medidas. É certo que fiquei agarrada ao livro, desejosa de conhecer o passado daquelas personagens tão sombrias, e que cheguei ao final com um nó na garganta. Mas também é certo que o achei algo forçado.
Neste romance, Óscar, um rapaz curioso que gosta de explorar a Barcelona que fica para lá do seu internato, conhece Marina. Curiosa e sonhadora, acaba por o levar até um cemitério esquecido, onde uma mulher vestida de negro visita uma campa sem nome. Seguem-na e a partir daí ficam imersos numa aventura um tanto... macabra.
É um livro com muita neblina, edifícios antigos e personagens atormentadas, bem ao estilo a que o autor nos habituou. Tem uma atmosfera negra, e conseguiu arrancar-me alguns arrepios - e torcer o nariz com nojo.
A relação de amizade entre Óscar, Marina e Gérman flui muito naturalmente, mas, como já referi, há algo de forçado no "mistério" que se esconde nos túneis de Barcelona. Aliás, "exagerado" talvez seja o tema mais apropriado. Tal como o uso de uma carruagem por alguém que, supostamente, quer passar despercebido. Enfim.
Tenho de começar a baixar as expectativas em relação aos primeiros livros dos escritores preferidos.

Sinopse
 

terça-feira, 30 de julho de 2013

"A Guerra dos Tronos" - "As Crónicas de Gelo e Fogo I", George R.R. Martin

Depois de ter ficado fã da série "Game of Thrones", produzida pela HBO, fiquei com vontade de ler os livros - até porque gostava de saber ainda este Inverno se alguém vai decepar o querido Rei Joffrey.
Não me arrependi da decisão (obrigada, grupo Impresa, pelos livros de bolso). Por muito que tenha tendência para  comparar o li com a série, adorei-o. Consegue ser viciante  e profundo. Somos colocados a par das emoções das personagens, dos seus medos, anseios e esperanças. Não deixei de sentir uma nuvem de mau presságio que rodeia os Stark, apesar de já estar à espera de que a sorte não sorrisse àquela família.
Além disso, a História daquele continente e a superstições dos seus habitantes estão bem presentes ao longo da "estória", o que torna a leitura muito interessante.
Aguardo os próximos capítulos...

Sinopse
 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

"O Circo dos Sonhos", Erin Morgenstern

"O Circo dos Sonhos" é, simplesmente, mágico. Há que aplaudir a autora por este feito. Conseguiu criar uma história de amor linda e um universo envolvente com personagens cativantes do qual não apetece sair. E nós próprios nos tornamos espectadores - literalmente.
Este é também um exemplo de que a "palha" é completamente dispensável. Consegui criar empatia com o pequeno Bailey ou com Herr Thiessen sem necessitar de quilos de páginas sobre eles. Da mesma forma, o romance que se desenrola entre Celia e Marco, os dois mágicos, consegue parecer enternecedor sem doses de diálogos de alcova (blagh).
Outro ponto a favor vai para a forma como o livro foi editado, com capítulos pequenos, alternando personagens. O ritmo de leitura torna-se muito mais rápido e a própria história, apresentada por vários pontos de vista, torna-se mais interessante. Acompanhamos o gosto de Herr Thiessen pelo circo e o surgimento dos "rêveurs"; a amizade que o pequeno Bailey toma por Poppet e Widget; a mágoa de Isobel, apaixonada por Marco, e as reacções dos responsáveis pelo "Cirque des Rêves", à medida que notam que algo não bate certo. Tudo tem  um preço.
Posto isto, só tenho a dizer/escrever que o livro é realmente uma grande estreia de Erin Morgenstern.
 

Sinopse
 
Para mais informações sobre a escritora cliquem aqui. Sabiam que a própria Erin criou um baralho de Tarot a preto e branco? Interessante...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

"Annabel", Kathleen Winter

"Annabel"  é tocante. Deixou-me com um nó na garganta no final. O livro conta a história de Wayne, um jovem que nasce hermafrodita, mas que é educado como rapaz.
Nascido numa comunidade do Labrador, num local onde a principal actividade económica dos homens é a caça, Treadway Blake decide que o seu filho seja operado e criado conforme um rapaz. No entanto, o pequeno Wayne parece mais interessado no desenho de padrões e pontes, mostra-se mais delicado do que os seus colegas e o seu melhor amigo... é uma menina. 
Ao longo da história, dei por mim a pensar: até que ponto ter sido criado como um rapaz foi o correcto? Se Wayne tivesse sido educado como Annabel não teria tido o seu percurso facilitado, evitado problemas " de saúde" e situações menos agradáveis?E se tivesse sido educado sem um parâmetro de género?   
É um livro comovente, que revela a própria mágoa dos pais perante a condição do filho e o seu afastamento enquanto casal, e que incide sobre a solidão, em várias vertentes, como a de Jacinta, a mãe, que teme ter perdido a sua filha com a escolha do marido e sente tanta falta da cidade onde viveu; e a de Wayne/Annabel, sozinho num mundo que prevê a distinção entre masculino e feminino.
Nem sempre as escolhas que os outros tomam por nós revelam as melhores consequências mas, no fundo, até que ponto a sociedade estaria preparada para aceitar alguém que não é homem, nem mulher, mas ambos? Somos habituados a catalogar o que é "de menino" e o que "de menina" desde cedo, a distinguir branco de preto. O cinzento nem sempre é aceite.
"Annabel" merece 5 estrelas.

Sinopse
 
 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Kafka à Beira Mar", Haruki Murakami

Conhecem aquela sensação de vazio depois do final de um livro intenso? Sabem o que é perguntarem "o que achaste" e... não conseguirem responder? Ora aí está o meu retrato depois virar a ultima página de "Kafka à Beira Mar".
Tenho pena que não tenha sido viciante, que tenha demorado algum tempo até se perceber qual é a ligação entre personagens. Os dois protagonistas, aparentemente, nada têm em comum. Nakata é um velhote peculiar "muito pouco brilhante" que conversa com gatos, e Kafka, de 15 anos, foi amaldiçoado pelo pai a cumprir um destino com um toque do mito de Édipo na nossa era. No entanto, as suas histórias caminham lado a lado numa odisseia. 
Aqui o destino tem um papel central, ou não tentasse Kafka fugir da maldição; Nakata necessitasse de encontrar algo, mesmo que não compreenda logo "o quê" e "para quê"; e pessoas (ou "coisas") encontradas "por acaso" dessem um empurrãozinho para que as tarefas se concretizem.
Foi um livro curioso, como só os deste autor podem ser. Há personagens de personalidades e hábitos muito próprios, como Oshima e Hoshino, que auxiliam os protagonistas, e Saeki, que está alienada da "nossa" realidade. Há coisas sem forma que tomam de empréstimo figuras de marcas de produtos e um - ou dois - assassínios necessários. Mais não digo. Um dos encantos desta obra reside exactamente na sua capacidade de nos surpreender.
Leiam-no e discutam-no com um amigo. Ou com o gato.

Sinopse

domingo, 9 de junho de 2013

Assembleias de Bruxas e Contos de Fadas

Os famosos "contos infantis" de origem europeia serão assim tão "infantis" quanto isso? Já repararam como são sombrios, mas, ao mesmo tempo, conseguem ser uma lição de moral para uma criança?
No Delícias à Lareira é este o mote para mais uma "Assembleia de Bruxas", a nova rubrica do blog.

Cliquem aqui e juntem-se à discussão!
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

"O Nó do Amor", Elizabeth Chadwick


Antes de começar a ler "O Nó do Amor" dei por mim a ler as boas críticas "goodridianas" e da blogosfera e cheguei à conclusão que muitos o apontavam como o romance mais fraco de Elizabeth. Comparando com "O Leão Escarlate" concordo, porque a História não é o ponto central, mas sim um contexto onde as vidas de Catrin e Oliver estão inseridas, neste caso a época da guerra civil que opôs Estêvão a Matilde, um período conturbado que vergou o povo (como qualquer conflito). No entanto, é bastante cativante. Duas pessoas que sofreram no passado com a perda dos seus cônjuges apaixonam-se – quem sabe, com a ajuda de “meias escarlates” -, mas o destino não parece muito de feição para que fiquem juntos. Não Só Oliver Pascal é um cavaleiro importante para a facção de Matilde, em constante perigo, como o marido-supostamente-morto de Catrin aparece, vivo e de boa saúde. E é aqui que as coisas aquecem. É engraçado ver a protagonista feminina a ser tentada por outro homem, e não o contrário, como é habitual.
Foi um livro de que gostei, que me fez sofrer com as personagens, apesar de, por vezes, pensar que tinham a sua sorte bastante facilitada (é o que dá ficar-se nas boas graças do Rei). Há um certo realismo nas personalidades das personagens, que as assemelha a pessoas de carne e osso, com qualidades, defeitos, medos e esperanças.
Tive pena que Richard, o filho ilegítimo do velho rei Henrique de quem Catrin era aia, que sofreu tanto no início da história e parecia uma personagem de tão grande importância, deixasse de ter uma presença marcante ao longo da acção. E também tive pena que Chadwick não impusesse mais suspense na primeira parte do livro em relação ao responsável do ataque a Penfoss, ou ao assassino de uma das damas da condessa Mabile. Foi previsível. Já agora, uma morte de um dos vilões digna de uma telenovela não ficaria mal aqui. Mas pronto.
“O Nó do Amor”, à semelhança de “O Leão Escarlate”, foca o lado feminino da época, dando uma relevância maior ao papel da mulher durante a Idade Média. Neste caso, ficamos a par do dia-a-dia de uma parteira, uma figura que merecia uma dose de suspeição, ao correr o risco de ser apontada como bruxa, mas também de respeito, versada em “assuntos femininos”. Um ponto muito interessante, quando no século XXI o parto continua a ser uma ocasião assustadora, mesmo com assistência médica.
Apesar de não ter providenciado uma leitura viciante, e de me ter arrancado uns bocejos na primeira parte – e alguns revirares de olhos com conversas de alcova – providenciou bons momentos de leitura. Acho que não há nada mais desagradável que sentirmo-nos indiferentes pelo destino dos protagonistas.




quarta-feira, 24 de abril de 2013

Hábitos de Leitura

A minha cara Spinelli do "Delícias à Lareira" (deitem o olho, que vale muito a pena) desafiou-me a responder ao questionário do blog Tertúlias à Lareira sobre os nosso hábitos de leitura. Ora aqui vai:
1. Gostas de comer/petiscar enquanto lês? Se sim, qual o teu petisco favorito?
Nem por isso, mas de vez em quando um quadradinho de chocolate calha bem.

2. Qual é a tua bebida favorita para acompanhar uma leitura?
Chá! Seja branco, verde, de camomila, de verbena, ou uma qualquer "edição" marroquina da Lipton, para acompanhar a leitura o chá é uma delícia, quentinho no Inverno, bem fresco no Verão.

3. Costumas sublinhar uma ou outra passagem enquanto lês um livro ou achas que escrever nos livros é uma ideia abominável?
Completamente abominável! Se por acaso leio uma passagem que queira recorda prefiro anotar num bloco.

4. Como marcas os livros quando interrompes a leitura? Tens um marcador especial ou usas o que tiveres à mão (ex. bilhete de autocarro, um papel dobrado, etc)? Ou dobras o canto da folha do livro?
Gosto de os marcar com os marcadores oferecidos pelas editoras. Colecciono marcadores, mas gosto muito deles e fico sem coragem para os usar (e se os perco? e se o cão o rouba?). Dobrar o canto da folha é agressão...

5. Qual o teu género de eleição: ficção, não-ficção ou ambos?
Prefiro ficção e, aliás, é raríssimo ler não-ficção. Tem mesmo de ser algo que me desperte a atenção, como foi o caso do "Caderno Afegão", da Alexandra Lucas Coelho

6. Gostas de ler até ao fim do capítulo ou interrompes a leitura em qualquer sítio?
Costumo interromper em qualquer sítio, apesar de preferir ler até ao final do capítulo.

7. És do tipo de pessoa que atira o livro de um lado ao outro da sala caso o autor te irrite?
Quem é que atira livros ao outro lado da sala!? Que pecado!!! Não, mesmo que me irrite, mesmo que tenha vontade de o deitar ao lixo, não o trato mal.
 
8. Se encontras uma palavra que desconheces vais logo procurar o seu significado?
Se não conseguir mesmo perceber do que se trata tem de ser.

9. O que estás a ler presentemente?
Por agora estou a ler "O Nó do Amor", de Elizabeth Chadwick, um romance medieval.
 
10. Qual foi o último livro que compraste para oferecer?
É possível que o ultimo que tenha comprado seja "Os Pecados de Lorde Estearbrook", de Madeline Hunter, para oferecer à minha mãe (a grande senhora que me viciou neste mundo) no Dia da Mãe. "Infelizmente" não gostou - e eu duvido que lhe pegue.

11. És do tipo de pessoa que só lê um livro de cada vez ou lês vários livros ao mesmo tempo?
Só leio um de casa vez, porque não há nada como entrar a fundo numa história. Já tentei ler dois ao mesmo tempo, mas não resultou. Acabava por dar prioridade a um.
 
12. Tens um sítio favorito onde ler? E qual a melhor altura do dia?
Quando o tempo aquece gosto de ficar no alpendre, ao fim da tarde, mas o meu "spot" de preferência é um dos cadeirões da sala, onde costumo ler à noite. Se o livro for mesmo viciante leio em qualquer altura do dia, em qualquer zona da casa.
 
13. Preferes séries ou histórias únicas?
Prefiro histórias únicas, apesar de haver trilogias - e tetralogias -  muito do meu agrado, já que mostram diversas perspectivas ou episódios noutro intervalo de tempo que complementam a história. Normalmente não consigo acabar uma série, seja pelo dispendioso que se possa tornar, seja porque perco o interesse no futuro das personagens.
 
14. Tens algum livro ou autor específico que dês por ti a recomendar vezes sem conta?
Há uns anos atrás recomendava Gabriel García Marquez muitas vezes. Hoje em dia falo logo de Haruki Murakami - Carlos Ruiz Záfon é maravilhoso, mas parto sempre do principio que todos os amantes de livros já o leram e esqueço-me de o recomendar.
 
15. Como organizas a tua biblioteca? Por género, por título, pelo nome do autor ou pela editora?
Organizo-a por autor, mas há colecções que prefiro manter juntas.
 
Feito! Quem aceita o desafio?

sábado, 20 de abril de 2013

"A Dança das Borboletas", Poppy Adams

Este foi um livro que mereceu 3 estrelas "goodreadianas" porque, apesar de até ter gostado da história e do estilo da escritora, não encheu as medidas. Mas tenho pena.
"A Dança das Borboletas" é narrado por Ginny, uma antiga lepidóptera, que  recebe a visita da irmã, Vivien, ao fim de 47 anos. Entre o presente e o passado, Ginny conta espisódios acerca da infância e do início da idade adulta das duas  irmãs e expõe o seu reencontro. Ao fim de uns bons capítulos, conhecemos realmente a família Stone, que não é tão funcional quanto aparenta... Até que ponto o amor é uma boa desculpa para as acções deles? Até que ponto as memórias de Ginny são as correctas? A protagonista é uma velhota um tanto especial, obcecada pelas horas e pelo comportamento das suas amadas traças, mas apesar da sua inteligência, tem dificuldade em compreender os comportamentos humanos (o que leva o leitor a diagnosticar algo) e prefere isolar-se na sua mansão.
Ao longo do livro a quantidade de pormenores acerca do estudo das traças revela o gosto da protagonista pela profissão, mas pode tornar-se entendiante. De qualquer forma, não foi o que me demoveu. Há um certo "suspense" que envolve os segredos dos Stone e o regresso de Vivien que me impeliu a ler o livro, mas não me entusiasmou como esperava. Achei, até, que o final foi um "anti-clímax".



Sinopse


sexta-feira, 5 de abril de 2013

"Celestial", Cynthia Hand

Esta Primavera promete. "Celestial" surpreendeu-me pela positiva. Precisava de um leitura mais levezita depois da leitura anterior, mas este romance mostrou-se uma leitura bem emotiva. "Comovente"? Sim, é.
Há elementos típicos de um livro de adolescentes, o que me fez ter pena de não ter 15 anos outra vez para achar o livro "o máximo" - o rapaz giraço; a miuda nova misteriosa; a má do sítio, um Baile de Finalistas - e dispensava um desmaio e tanto brilho, que me lembraram um certo e determinado "infame" romance fantástico Cujo Título Não Pronunciarei.
No entanto, perdoa-se. Achei o triângulo amoroso plausível, já que as personagens se aproximam a pouco e pouco, e a tensão entre eles é bem descrita. A própria protagonista, Clara, é apresentada como uma rapariga que pretende ser normal, nem demasiado perfeita, nem desastrada ao ponto de chocar com as cadeiras e, perto do final, as suas dúvidas tornam-se comoventes.
É viciante - nem havia "palha" a empatar! - e gostei do estilo de escrita. Foi um daqueles casos em que tinha pena de o fechar para ir dormir. Estou curiosa em relação aos proximos livros da trilogia.

 
Sinopse


 P.S.: Quem quiser dar uma vista de olhos no site de Cynthia Hand - e espreitar a sinopse do segundo livro - clique aqui.

terça-feira, 2 de abril de 2013

"O Nome da Rosa", Umberto Eco

O melhor adjectivo para descrever este livro será "monumental". E não estava à espera de o considerar assim. Confesso: tinha medo de o ler. Um romance histórico-policial escrito por um filósofo? Brrr
No entanto lê-se bem, apesar de ser necessária uma dose de paciência para certas passagens. E muita atenção para acompanhar as explicações acerca das seitas heréticas e as diferenças entre ordens da Igreja.
O enredo é cativante. Mortes misteriosas na abadia; comportamentos pouco ortodoxos da parte dos monges; a tensão no ar que se sente com a chegada das delegações que debatem a pregação dos Franciscanos (que defendiam o voto de pobreza da Igreja, o que não seria propriamente do agrado da própria); e uma biblioteca labiríntica dão o mote para uma aventura que Adso conta já com uma idade avançada. Durante setes dias, sete mortes ocorrem, com pormenores que recordam os sinais do Apocalipse. Quem será o assassino? Os monges que povoam a Abadia são curiosos e, por vezes, parecem ambíguos. Pelo meio, há temas como a homossexualidade, a luxúria - para além da sexual -  e o riso (sim, o riso) que dão que falar.
Gostei dos protagonistas. Guilherme de Baskerville, ex-inquisidor, tem uma mente dedutiva brilhante (e um gosto por mascar um certo tipo de erva), e Adso mostra a curiosidade e a ansiedade típicas de um adolescente, algo que o vai marcar.
"O Nome da Rosa" é também, à sua maneira, um livro sobre livros. Livros escondidos que não são acessíveis a qualquer um, porque, o "conhecimento" não era para qualquer um, e havia tomos bem "perigosos". Era limitado por aqueles que o detinham (deixou-me a pensar no quão sortudos hoje somos neste país).
Foi, portanto, uma leitura muito interessante e proveitosa. Recomendo.
 
P.S.: Peca pela falta de tradução de frases das personagens em latim. É mesmo pena.
 
 
Sinopse

 
 
 

quinta-feira, 7 de março de 2013

"O Prisioneiro do Céu", Carlos Ruiz Zafón

Foi com alguma estranheza que comecei a ler as primeiras linhas do "O Prisioneiro do Céu". Um Daniel acomodado na vida e sem a curiosidade aguçada e um Férmin aterrorizado não seriam o usual. Mas foi com uma dose de adrenalina que o terminei!
Sem querer debitar "spoilers", digo apenas que, mais um vez, é um livro que fica na memória.
Ata pontas soltas e desvenda antigas "amizades" em que não teria pensado antes; há um mudança de atitude do bom Daniel que é quase assustadora (Cof Cof) e é um regresso esperado àquela Barcelona misteriosa e ao tão afamado Cemitério dos Livros.
Só peca num pormenor: o número de páginas. Queria mais pormenores e mais páginas - que final abrupto! Deixou-me de ressaca...
 
P.S.: Consta que há mais um volume prestes a vir à luz do dia. Cá o aguardo.
 
 
Sinopse:
 
Barcelona, 1957. Daniel Sempere e o amigo Fermín, os heróis de A Sombra do Vento, regressam à aventura, para enfrentar o maior desafio das suas vidas. Quando tudo lhes começava a sorrir, uma inquietante personagem visita a livraria de Sempere e ameaça revelar um terrível segredo, enterrado há duas décadas na obscura memória da cidade. Ao conhecer a verdade, Daniel vai concluir que o seu destino o arrasta inexoravelmente a confrontar-se com a maior das sombras: a que está a crescer dentro de si.

Transbordante de intriga e de emoção, O Prisioneiro do Céu é um romance magistral, que o vai emocionar como da primeira vez, onde os fios de A Sombra do Vento e de O Jogo do Anjo convergem através do feitiço da literatura e nos conduzem ao enigma que se esconde no coração de o Cemitério dos Livros Esquecidos.
 
Edição/reimpressão:
Páginas: 400
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896573003

sexta-feira, 1 de março de 2013

"Bons Augúrios", Neil Gaiman e Terry Pratchett

Mas que boas gargalhadas dei com este livro! O Apocalipse não é o meu tema preferido, mas ainda bem que acabei por aceitar lê-lo. Tenho que agradecer o empréstimo.
Em "Bons Augúrios" um demónio, Crowley, que não é assim tão mau - apenas andava com más companhias -  e o seu amigo Aziráfalo, um anjo não tão bonzinho quanto isso, decidem sabotar o Armagedão, até porque gostam bastante de viver no mundo. Ora, logo por acaso, um  freira satânica se tinha enganado e entregue o bebé anti-cristo à família errada. Seria o destino, afinal?
Nos ultimos dias do mundo, Adão (o filho do Lá-de-Baixo) e o seu grupo de amiguinhos (com quem forma os quatro filosóficos Eles) brincam "inocentemente" enquanto os quatro "Cavaleiros" do Apocalipse - e dois caçadores de bruxas ditos profissionais, além da descendente da profetiza que acertava em tudo - se preparam para a batalha final.
As situações descritas chegam a ser hilariantes, bem como as próprias personagens, caracterizadas de forma muito vincada. Foi um daqueles casos em que tive gosto em ler, não só pelo enredo - por muito que me preocupasse o destino de Crowley -, mas sim para saber qual o insólito que se seguia - se é que me faço entender.
Gostei muito. É divertido, satírico, e até me deixou a pensar na natureza do Bem e do Mal.
De Neil Gaiman já tinha lido "Neverwhere", que tinha personagens e situações - como telefones sem aparente funcionamento que afinal funcionam- também tão loucas que ficaram na memória até hoje, e agora posso dizer/escrever que me estou a tornar fã deste senhor.
 
Boa viagem!
 
 
Sinopse:
 
Este é o livro mais divertido alguma vez escrito sobre o Armagedão. Não vale a pena reler esta última frase, caro leitor, foi mesmo isso que se quis dizer. «Mas como é que um livro sobre o fim do mundo pode, de algum modo, ser cómico?» Ora aí é que está, caríssimo leitor, a explicação é óbvia - esta obra foi escrita por dois dos mais geniais autores de fantasy da actualidade. Ao sabor das suas endiabradas penas, até o mais inverosímil pode assumir a aparência de algo plausível! Neil Gaiman e Terry Pratchett criaram um texto que, ao fundir a fantasia e a comédia, resulta absolutamente jocoso, satírico inventivo e cheio de sabedoria. Desde o início dos tempos que Ele (Deus, o Diabo ou ambos em co-autoria conspiratória) haviam planeado o Armagedão, a Derradeira Batalha entre o Bem e o Mal, o fim do mundo tal como o conhecemos. E havia séculos que os demónios (e os anjos?) trabalhavam nesse sentido. Era chegada a hora! Faziam-se agora os últimos preparativos e tudo se ajustava para a hecatombe final. Mas os desígnios de Deus (e do Diabo?) são, como se sabe, insondáveis e, vá-se lá saber porquê, uma pequena distracção, uma simples troca de bebés, coloca o recém-nascido Anticristo na família errada e voilà! tudo corre mal! Por serem todos grandes apreciadores dos prazeres terrenos, os representantes do Céu e do Inferno, os Quatro Cavaleiros (leia-se Motoqueiros) do Apocalipse e o próprio Anticristo decidem, pasme-se, tomar as rédeas dos acontecimentos e sabotar o Armagedão! O resultado já o leitor pode imaginar - uma leitura deliciosa que nos leva às lágrimas através de um riso de proporções apocalípticas. Diabolicamente hilariante.

Páginas: 380
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722332804



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Selo Literário 2013


 
Há uns dias atrás fui contemplada com este selinho pela Jojo. Obrigada e continuação de boas leituras!
 
As regras são as seguintes:
 
1. Indicar um mínimo de dois livros que gostei de ler em 2012 (sem limite máximo);
2. Indicar pelo menos três livros que desejo ler em 2013 (sem limite máximo);
3. Indicar o nome e o link de quem ofereceu o selo;
Oferecer o selo a mais 10 pessoas para dar sequência a este projecto de incentivo à leitura.
1. Livros  que gostei de ler em 2012:
 
"A Casa dos Amores Impossíveis", de Cristina López Barrio;
A trilogia "1Q84", de Haruki Murakami;
"As Serviçais", de Kathryn Stockett;
"O Tigre Branco", de Aravind Adiga, para além de mais alguns títulos que "caíram no goto"
 
2. Os três livros que desejo ler em 2013:
 
Este ano a lista de prioridades aponta para "O Monte dos Vendavais", de Emily Bronte; o "Prisioneiro do Céu", de Carlos Ruiz Zafon (ai, que medo da desilusão) e "Firmin", de Sam Savage (que me parece delicioso).
 
Ofereço o selo aos seguintes blogs:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"A Marca de Kushiel", Jacqueline Carey

O segundo volume da Série Kushiel conseguiu ser ainda melhor que o primeiro. Bem, para já, estava mais familiarizada com aquele mundo baseado na Europa antiga e assente numa mitologia algo diferente, e estava com uma boa dose de paciência para decorar os nomes das personagens - a fidalguia d'Angeline é tão bela e delicada que requer um exercício de memória lembrar quem é loiro e quem cortou o cabelo, e quem era aliado de Delaunay (ou não). Além disso, a história é empolgante, com uma teia de intrigas, e narrada de uma forma bonita, bem ao meu gosto.
Phèdre e Joscelin, entregues como escravos aos Skaldi, desvendam a conspiração que põe em perigo Terre d'Ange e mais não posso dizer. O que é certo, é que não há tempos mortos e mantém-se a expectativa se conseguirão cumprir a missão.
Nesta série tenho é pena de que as personagens não estejam mais estruturadas, mas há indícios de personalidade e de luta de valores, que se tornam sempre interessantes. É o caso de Hyacinthe, preocupado em ser aceite pela família, ou Joscelin, dividido entre o seu compromisso como Cassiline (guerreiros mortais e.. celibatários) e o coração. Phèdre é a típica protagonista a quem ninguém resiste. Isto podia ser um ponto negativo. Felizmente até dá jeito que assim seja na história, ou seria difícil resolver certas coisas, mas fez-me confusão que "ame" tanta gente. Rapariga honrada e dona de um grande coração? Sim, pelos vistos...
Seja como for, gostei bastante d"A Marca de Kushiel" e fico com vontade de continuar a seguir esta série.
 
P.S.: Não percebo a escolha da capa. É feia. Mostra o desespero da protagonista, mas é à parte isso, não tem qualquer ligação com a história. E a caveira não lembra a ninguém. Dá uma ideia mais gótica do que a série Kushiel realmente é.
 
Boa viagem!
 
 
Sinopse:
 
Para trás ficaram Terre d’Ange e as intrigas palacianas, a Corte das Flores da Noite, os amados Delaunay e Alcuin, os amigos, patronos e tudo o que para Phèdre evoca a palavra "casa"… Para trás ficaram também a herdade e a familiaridade da sua ternura tosca, a gentileza das suas mulheres e a beleza das suas cantigas…
Diante de Phèdre abre-se agora a incógnita de um destino de cativeiro às mãos do cruel Waldemar Selig, no ambiente hostil da sua herdade e das suas gentes… O desvendar da ameaça que paira sobre Terre d’Ange, dos planos de um poderoso comandante e dos traidores d’Angelines.
Pela pena de Phèdre, afrontamos o Mais Amargo Inverno através da vastidão skáldica. O retorno a Terre d’Ange e a oportunidade de salvar tudo o que lhe é mais querido.
Traição, guerra, desafio, imolação, amor e redenção. Logrará Phèdre fazer jus à Marca de Kushiel e concretizar esse sonho tão ansiado?
 
Edição/reimpressão:
Páginas: 416
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896372200

 

domingo, 13 de janeiro de 2013

"O Aroma das Especiarias", Joanne Harris

Acabar de ler "O Aroma das Especiarias" não me deixou com aquele descanso que costumo sentir ao terminar uma trilogia, bem pelo contrário! Conseguiu deixar-me ansiosa e com mais perguntas. "Acabou mesmo? Não, não pode... A sério, Joanne?"
Não o considerei uma conclusão da série "Chocolate", - se é que algum dia poderá existir uma "conclusão"  com personagens tão promissoras - mas sim mais uma viagem até àquele mundo superstiscioso, onde os amigos imaginários pulam à nossa frente e o vento comanda a vida.
Vianne Rocher e as filhas regressam a Lansquenet ao receberem uma carta misteriosa e encontram mudanças, não só nas próprias pessoas, como na aldeia: há uma comunidade islâmica do outro lado do rio, uma comunidade que apesar das diferenças é um espelho - um outro Reynaud, uma outra Armande, uma Mulher de Preto...
Em relação aos outros livros da série este é mais cru, exactamente por pegar muito na realidade. As diferenças óbvias entre as culturas são um tema da França dos dias de hoje e o ódio que por vezes emerge em tais casos é tratado ao longo da história. A violência sobre as mulheres, de que Joséphine já tinha sido alvo, volta a ser falada. O perigo, a violência, são reais.
De qualquer forma, elementos como a magia da comida e as palavras que apelam aos sentidos, tão próprias de Joanne Harris, continuam neste "O Aroma das Especiarias", não provocando nenhuma desilusão. Mas quero mais!

Boa viagem!

 

Sinopse:
 
Vianne Rocher recebe uma estranha carta. A mão do destino parece estar a empurrá-la de volta a Lansquenet-sur-Tannes, a aldeia de Chocolate, onde decidira nunca mais voltar. Passaram já 8 anos mas as memórias da sua mágica chocolataria La Céleste Praline são ainda intensas.

A viver tranquilamente em Paris com o seu grande amor, Roux, e as duas filhas, Vianne quebra a promessa que fizera a si própria e decide visitar a aldeia no Sul de França. À primeira vista, tudo parece igual. As ruas de calçada, as pequenas lojas e casinhas pitorescas… Mas Vianne pressente que algo se agita por detrás daquela aparente serenidade. O ar está impregnado dos aromas exóticos das especiarias e do chá de menta.

Mulheres vestidas de negro passam fugazes nas vielas. Os ventos do Ramadão trouxeram consigo uma comunidade muçulmana e, com ela, a tão temida mudança. Mas é com a chegada de uma misteriosa mulher, velada e acompanhada pela filha, que as tensões no seio da pequena comunidade aumentam. E Vianne percebe que a sua estadia não vai ser tão curta quanto pensava. A sua magia é mais necessária do que nunca!
 
Edição/reimpressão:
Páginas: 496
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892320106