É um facto, mas são avistados com uma frequência cada vez maior por cá. Não há muito tempo, o nosso vizinho Delícias à Lareira voltava a mencioná-los. Hoje deparei-me com mais um deles, enquanto deslizava pela rede social.
Não me surpreendeu. Já não simpatizava por aí além com o sujeito em questão, mas hoje tive a certeza de que ele é um deles. Eles vivem no meio de nós, "I believe it". E o habitat principal situa-se no nossos ecrãs, pelos vistos.
É claro que tenho de dizer que, e antes que me ameacem com umas bolachadas - que é assim que chamamos às bofetadas no interior do "Rectângulo" - eu percebo o que ele queria dizer. Não é o que todo o aspirante a escritor lê em textos sobre o ofício? De "escreve o livro que queres ler", ou "se quiseres ler um livro que não existe escreve-o", e ainda, de "escreve para ti, e não o que os outros querem ler", não está o Pinterest cheio?
Bem, ele tentou dizer algo do género, tenho a certeza, mas só cá para nós, acho que se desmascarou. Acho! O certo é que a frase lhe saiu mal. Não sei se tal se deve à construção ou àquele "eu" ali tão marcado, mas assim que a li fiquei com a ideia de que neste mundo não "existe" os livros que ele gostaria de ler, por isso, bolas, lá tem de ser ele a escrevê-los...
E agora eu podia dizer para ele chamar a nave-mãe para o levar de novo para o Mundo dos Snobs, já que neste ele não encontra nada para ler, o "Alf" nos valha.
Sou só eu que fiquei com a ideia de que naquelas duas linhas acabou-se de se demonstrar uma grande falta de interesse pelo trabalho dos colegas de profissão? Que, pura e simplesmente, não existe nada que ele queira ler? E o mais estranho, é que dentro do género dele até qualquer um de nós, "blogger-leitor", lhe podia dar umas quantas sugestões. Certo? Apesar de que, assim de repente, a única sugestão de que me lembro é a de um remédio que tomado ao acordar não faz mal a ninguém, umas gotinhas de Humildade. E Ponderação, que as "celebridades" se esquecem sempre de tal e depois passam por Snobs. Ou são Snobs disfarçados? Humm...
O que acham?
Nota: Eu li "A Filha do Capitão" do escritor referido e gostei. Só acho que a pesquisa feita se podia ter confundido melhor com a história em certas passagens. Gosto muito de aprender quando leio, mas se uma pessoa pega num livro para ler um romance histórico, é porque quer ler... um romance histórico. De contrário também vai consultar os arquivos.
Já tentei ler "O Codex 632", mas desisti aos primeiros capítulos. Achei o protagonista demasiado - como dizer isto sem ofender ninguém? - "cheio de si" para me prender à leitura. Não quero ler sobre um tipo interessado numa boazona quando tem uma mulher triste e uma criança deficiente a precisar da atenção dele em casa...
Entretanto, boas leituras!