quinta-feira, 12 de maio de 2016

"O Mago - Espinho de Prata", Raymond E. Feist



Sinopse

Há livros que conseguem deixar-nos bem divididos. Já não é a primeira vez que partilho por aqui que é impressionante como alguns nos conseguem entreter e ser tão vazios. Outros há que se podiam dividir em duas partes: uma primeira muito empolgante; e uma última em que detectamos facilmente algumas falhas. Este terceiro volume da The Riftwar Saga pertence a esta segunda categoria. Gostei muito de o ler, deixou-me empolgada com a dose de acção e misticismo que mantém, mas os últimos capítulos pareceram-me menos fascinantes.
Neste volume acompanhamos uma jornada, uma quest, bem ao estilo fantástico, liderada por Arutha em busca do antídoto para um veneno que deixou Anita às portas da morte. Arutha, no entanto, também corre perigo, já que é o alvo principal de um grupo de personagens misterioso.
Comecei a lê-lo com grande entusiasmo. Já conhecia as personagens e ainda por cima neste volume o Jimmy  Mãozinhas, um larápio de 15 anos, tem  um grande destaque o que insuflou o grupo da saga. Além disso, há uma atmosfera de perigo que incentiva à leitura e a promessa de acção constante.
Aliás, um dos pontos positivos do livro prende-se mesmo na acção que premeia as páginas. Não há tempos mortos por aqui, bem pelo contrário, o que apreciei. Outro ponto forte vai para a caracterização de diversas culturas. Adoro. Até os elfos têm origens diferentes do habitual nesta saga, como já tinha comentado, e cada vez fico mais curiosa com os Valheru, uma raça antiga muito mencionada.
Já um dos pontos negativos continua entre as personagens femininas que não passam de "namoradas" e "donzelas em perigo". Não consigo sentir nenhuma química entre Pug e a esposa. Nenhuma! Nem consigo ver Carline como a mulher impetuosa que é suposto ser - parece-me uma míuda mimada, apenas, e tenho pena disso. 

Atenção, caro leitor, o parágrafo que se segue contém SPOILERS
 
Outro ponto negativo prende-se com a nova ameaça que Midkemia enfrenta. Desta vez não um exército de outro planeta, mas sim algo mais negro e, diria, até imaterial. Se por um lado já se previa que os primos negros dos elfos, os moredhel, dessem problemas, por outro pedia uma razão mais forte do que a "mera" destruição da raça humana. Eu sei que na verdade é uma espécie de genocídio, algo real ainda nos dias que atravessamos, mas... tenho que me habituar a essa ideia para poder ler bem o último livro. 

Apesar disso, gostei do toque mórbido de certos soldados que mesmo mortos se levantavam e continuavam a lutar. Gostei mesmo muito da sensação de perigo que envolveu tais cenas!
Com isto, tenho de dizer que mesmo com os pontos negativos, é um livro de aventuras e gostei da leitura. Estou curiosa com o desfecho da saga. 

Conhecem o livro? Gostaram?
Boas leituras!

Opinião do primeiro volume, "O Mago - Aprendiz"
Opinião do segundo volume , "O Mago - Mestre" 

4 comentários:

  1. Olá Su,
    Esta foi daquelas séries que estive para comprar na altura que foi editado o primeiro volume mas depois acabei por não arriscar.
    Apesar de ter gostado da tua opinião, continuo a não ter vontade de ler. Além disso, é mais uma série =p
    Beijinhos

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    1. Olá, Tita,

      Ohh, acredito. Há certos aspectos que não nos deixam de pé atrás, e ainda por cima é como dizes, é mais uma série. Se fosse um stand alone tentava convencer-te, mas percebo-te tão bem...
      Esta é das que lidas há uns anos sabiam ainda melhor, mas mesmo assim estou a gostar, consegue ser original.

      beijinhos

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  2. Olá Su.
    Por acaso esta saga nunca me despertou interesse, apesar de já ter lido um excerto e não me ter desagradado. Boa opinião.
    Beijinho e boas leituras

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    1. Olá, Nuno,

      Obrigada :D se calhar até a achavas um pouco "juvenil", mas se tiveres oportunidade lê. Tem uns toques originais.

      bjnhos e boas leituras!

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