segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

"A Partícula de Vénus", Douglas Preston

Por norma, gosto de associar a leitura de um thriller ao Verão. Acho que é o ideal para ler quando o calor pesa nas pálpebras e a nossa concentração pede passagens rápidas e o mais cinematográficas possíveis.
Isto para começar por dizer que demorei a ler "A Partícula de Vénus" exactamente porque senti necessidade de algo mais profundo - ou, no mínimo, com personagens mais "tridimensionais". Não que não tenha gostado do livro, claro. Só não senti que fosse a época ideal para o ler - ainda assim, preferi não desistir da leitura.

Em "A Partícula de Vénus" Tom Broadbent, um veterinário com gosto por cavalgar pelos desfiladeiros, encontra um homem moribundo, Weather, que lhe entrega a um bloco de notas com informação codificada. Acontece que Weather era um caçador de fósseis, e terá descoberto algo "em grande". O assassino, um ex-presidiário que deve a saída da prisão a um curador ambicioso, toma Broadbent como o novo alvo para reclamar a localização da descoberta, e a partir daí temos uma história cheia de acção.
O livro tem capítulos pequenos e tal, aliado à mudança de pontos de vista das personagens, pode tornar a leitura mais viciante. Ainda assim, o que me manteve interessada em acabar foi mesmo o mistério relacionado com o fóssil e as "partículas" a que o título se refere. Não quero falar em detalhes para estragar a surpresa, mas digamos que sabe bem sonhar e tive pena de o thriller não ser mais científico no geral como foi nos últimos capítulos.
Este é daqueles livros bons para quem gosta de acção. Temos perseguições, armas, gente disposta a trapacear para alcançar os seus objectivos e como já disse, torna-se muito cinematográfico. Ainda assim, é o tipo de livro onde sabemos as distâncias exactas de um território descrito ou a marca dos sapatos de alguém, quando é algo que nem sempre se pede. Acho que prefiro saber o que sente uma personagem, o que me leva ao que me desiludiu no livro: a profundidade delas. Conhecemos algum "backstory", mas tive pena porque a este nível tal foi bem conseguido com o vilão, mas nem tanto com os restantes. Por pouco, o perigo que Tom e Sally viviam passava-me ao lado...

Ainda assim, no geral gostei de ler o livro - e fiquei com curiosidade de conhecer mais obras de Douglas Preston -, mas tive a certeza de que o apreciaria melhor numa época em precisasse mesmo de me entreter com algo cheio de acção.

Sinopse

E vocês, já conhecem este livro ou leram algo do autor? Qual é a vossa opinião?
Boas leituras!


 

5 comentários:

  1. Olá Su,
    Que engraçado eu associo thrillers ao inverno!! Gosto do ambiente frio para estes livros :) giro termos interpretações diferentes.
    Adoro este género de livros e nunca ouvi falar no autor ou no livro.
    Vou de certeza ler.
    Beijinhos e boas leituras

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    1. Olá, Isaura,
      Que engraçado! É mesmo giro ver as diferenças de opinião que as pessoas acabam por ter :D ah, então para ti era o ideal hehe
      Tens de experimentar, quando tiveres oportunidade.

      beijinhos e boas leituras

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  2. Olá Su,
    Por acaso tenho ideia de já ter lido uns dois livros do autor (não fui confirmar) mas até gostei. Nem sei porque não li mais nada. Tenho que voltar a experimentar =)
    Beijinhos e boas leituras

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    1. Olá, Tita,
      Pareceu-me que o autor até tem ideias originais, por acaso. Mas quando voltar a l~e-lo tem de ser no Verão, com "o espírito" hehe

      bejinhos e boas leituras

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  3. Viva,

    Penso ter um livro deste escritor por ler, mas não me parece ser este, deve ser uma boa leitura para mim, repleta de ação :D

    Bjs e boas leituras

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