terça-feira, 4 de agosto de 2015

"Em Nome da Memória", Ann Brashares

Este livrinho relata uma daquelas histórias de amor que me deixam o coração apertadinho, apertadinho. Partindo do princípio de que a alma reencarna, centra-se em Daniel, um rapaz dotado da Memória, o Dom - ou maldição - de recordar as vidas passadas. Como tal, vive à procura de Sophia, a mulher que realmente ama.
No livro acompanhamos a perspectiva dos dois protagonistas no tempo presente, em que Sophia é Lucy, para além do relato de outras vidas de Daniel.
A química entre ambos é bem conseguida e fez-me avançar na história desencontros e desencontros de coração nas mãos. É que nem sempre nasciam no mesmo espaço temporal.É angustiante, ainda para mais quando apenas um se lembra do outro...
Curiosamente, Daniel gosta, até, de manter o próprio nome, ao contrário de outra personagem similar. A certo ponto, fiquei foi a pensar se ele não abdicava de viver devido àquela obsessão por encontrar "Sophia". É que os que o rodeiam deixam de ter importância desde a infância. Nem a família, nem a pessoa que ele é ao reencarnar lhe importam. Achei isso um pouco perturbador. Um pouco.
Entretanto, vamos seguindo Lucy numa autodescoberta. Lucy que mantém uma paixão platónica por ele sem perceber porquê...
No livro o que captou a minha atenção foi a "teoria" desenvolvida sobre reencarnação e o modo como a postura no mundo influencia a próxima vida; como se reencontram almas; como parece que os acontecimentos seguem o mesmo padrão. É um tópico do meu interesse, e gostei da forma como a autora o desenvolveu. Poderia comentá-lo apenas, já que foi mesmo o que me impeliu a adquirir o livro, e adorei ler algures uma personagem a comparar o sistema de reencarnação com o filme "Matrix". Deu-me que pensar... E se realmente somos apenas "almas" que depois da morte são "despachadas" para um novo corpo, para uma nova experiência de vida? Brrr...
Especulações à parte, vou regressar ao livro.
Gostei da história no geral, mas senti falta de que certas cenas fossem melhor explicadas. Parece que foi escrito à pressa, ou que se cortaram cenas para encurtar o volume. Por exemplo, a certo ponto refere-se que uma das personagens tem memórias que não sente como suas e visões. Mas refere-se apenas isso, não se "mostra", o que me fez perder parte dessa informação.
Só perto do final é que a acção é relatada com mais detalhe.
E o final... Bem, já esperava algo do género das opiniões que li sobre "Em Nome da Memória", mas ainda assim enervou-me. Tenho uma teoria muito própria sobre aquele final. Alguém que o livrinho que partilhe comigo qual é a vossa ideia, por favor!
 
Não é um livro que desate a recomendar, já que faltou qualquer coisa que me fizesse adorá-lo. Entreteve-me e comoveu-me, mas passada uma semana agrava-se a sensação de que o livro estava incompleto.
 
sinopse
 
Deixo ainda a curiosidade de que o volume trazia uma oferta: etiquetas para presentes! São tão bonitas que as guardei, não me atrevendo a usá-las.
 
Já leram este livro? Qual é a vossa opinião?
 
Boas leituras!


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