quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Divulgação | Sonetos de Shakespeare - tradução por Vasco Graça Moura

Género: Literatura / Poesia 
Tradução: Vasco Graça Moura
Formato: 15 x 23,5 cm 
N.º de páginas: 340 
Data de lançamento: 28 de outubro de 2016 
PVP: € 17,70 
ISBN: 978-989-722-320-4

«Shakespeare, que ao menos alterou o nosso modo de representar a natureza humana, se é que não alterou a própria natureza humana, não se retrata a si mesmo em nenhuma das suas peças. Se ele se revela, nos 154 sonetos que compôs, é discutível – mas o seu génio manifesta-se neles infalivelmente.»
Harold Bloom

Sinopse: 
É provável que o principal pilar do cânone da literatura ocidental seja a obra de William Shakespeare, poeta e dramaturgo inglês nascido em 1564, em Stratford-upon-Avon, cidade onde terá morrido em 1616. Além da sua obra dramática e de alguns poemas dispersos, os seus Sonetos constitutem um monumento de composição e beleza, um atlas sobre a representação do amor, da passagem do tempo e da sua finitude, da paixão erótica, do desejo ou da solidão.
A meticulosa tradução de Vasco Graça Moura transporta para a nossa língua todo o génio do poeta inglês; é Shakespeare que escreve e ecoa na nossa língua, ora com exuberância e ironia, ora com melancolia, ora com notável visão de um génio que sobrevive ao tempo e à morte. Só um tão notável poeta poderia traduzir Shakespeare desta forma.

De que poder tens força tão temível,
que o coração em falha me desvia,
que me faz dar mentira no visível,
jurar que a luz não favorece o dia?
De onde tens tal fazer, de mal, agrado,
que até o refugo dos teus actos vem
em força e grantia tão dotado
que o teu pior, em mim, é sumo bem?
Quem te ensinou a pôr-me a amar-te mais,
se causa de ódio mais escuto e vejo?
Se eu amo o que detestam outros tais,
não deves detestar-me em tal cotejo.
Se na baixeza meu amor levantas,
mais valho de que tu me ames às tantas.

Tradutor: 
Vasco Graça Moura (Foz do Douro, 1942-2014), foi poeta, ficcionista, ensaísta, cronista e tradutor, além de ter desempenhado importantes cargos de relevância pública na vida portuguesa dos últimos cinquenta anos. Entre as inúmeras distinções que lhe foram atribuídas, contam-se, nomeadamente, o Prémio Pessoa, o Prémio Vergílio Ferreira, o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, o Prémio de Poesia do PEN Clube, o Prémio Eça de Queiroz, o Prémio de Tradução Paulo Quintela, o Prémio Europa David Mourão-Ferreira, o Grande Prémio de Poesia da APE, o Prémio Max Jacob de Poesia, o Prémio de Tradução do Ministério da Cultura em Itália (pelas suas notáveis traduções de Dante e Petrarca), ou o Prémio Morgado de Mateus. A sua obra poética está reunida em dois volumes publicados pela Quetzal (Poesia Reunida, 1 e 2, 2012), e entre os seus romances contam-se Naufrágio de Sepúlveda, Partida de Sofonisba Às Seis e Doze da Manhã, Quatro Últimas Canções, ou O Enigma de Zulmira. Entre muitos autores, traduziu Shakespeare, Racine, Dante, Corneille, Molière, Rostand, Rilke – mas também autores contemporâneos como Seamus Heaney, Hans Magnus Enzensberger, Gottfried Benn ou Jaime Sabines.

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